domingo, 10 de julho de 2011

Ajudar, SEMPRE!

Após algum tempo de reflexão decidi encerrar os meus comentários neste meu blogue, os tempos mudaram e sinto que neste momento não devo enquanto Presidente de uma Associação de cariz social comentar a vida local e nacional.
Não porque não tenha opinião ou porque tê-la é delito, claro que não é e não abdico dessa minha condição enquanto cidadão livre e independente, assim como em qualquer outra função que entenda ser útil ao Concelho de Odivelas.
Até lá e enquanto voluntário e dirigente do Movimento Odivelas no Coração irei estar apenas disponível para aquilo que me parece mais oportuno e mais urgente que é ajudar quem mais precisa, estarei a desempenhar esta função na primeira linha, com todo o empenho e com o coração, sem qualquer estigma e em colaboração com todos, acreditando e fazendo acreditar que é possível viver melhor.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Topo e fundo 4

Mês de Junho é o período em que se festejam os santos populares e para fazer jus à tradição as Freguesias de Caneças e Ramada organizaram mais um ano as suas marchas populares, pela tradição, pelo esforço financeiro e pelo empenho tenho que atribuir esse mérito aos organizadores e dar-lhes o topo da escala.
Os comportamentos de um eleito local devem ser sempre pautados não só na forma como se verifica esse desempenho, mas também pelo respeito que os eleitores devem merecer de quem tem a responsabilidade de os representar, por essas razões não posso deixar de classificar como negativo tudo o que aconteceu na reunião da Câmara de Odivelas do dia 21 e colocar os protagonistas no fundo da escala.

sábado, 2 de julho de 2011

Tantos deputados para quê?

Quanto mais vejo os debates que se realizam na Assembleia da República, mais forte fica a minha convicção da inutilidade da presença de grande parte dos deputados eleitos, para quê 230 se 180 chegam e sobram, tem de haver bom senso por parte dos partidos políticos para chegarem aos 2/3 necessários que lhes permita aprovar esta alteração, seria sem dúvida um bom passo que ajudaria a credibilizar a casa da democracia.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Topo e fundo 3

Num momento em que se exige de todos os maiores sacrifícios, face ao estado em que o nosso País se encontra, designo como topo a todos aqueles que revelando uma enorme coragem decidiram aceitar fazer parte do actual Governo e desejar-lhes as maiores felicidades na governação de Portugal.
Ao inverso e pelas mesmas razões designo como fundo os dirigentes sindicais que na sua prática de parceiros sociais, praticam permanentemente o mesmo discurso de discórdia e de ameaças provocando e incitando à conflitualidade social.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A ferro e fogo

Quando a Europa se debate com problemas financeiros graves e que se encontra numa situação extremamente difícil para assumir as suas dívidas e os compromissos financeiros futuros, eis que os dirigentes sindicais profissionalizados e que não fazem mais nada na vida, têm vindo a criticar todas as medidas e a apelar ao protesto, à greve e à violência, não para resolver quaisquer problema dos trabalhadores, o que seria desejável, mas sim para colocar os países a ferro e fogo, deixando-os sem retorno a qualquer modelo de vida normal, isto é o que eu chamo "Quanto pior melhor".

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Topo e fundo II

Sem rodeios e depois do que se passou no passado dia 5 de Junho o meu topo vai inteiramente e merecidamente para o povo portugês que despediu com justa causa o candidato do PS e 1º Ministro nos últimos 6 anos.
O meu fundo vai para o Jornal de Odivelas que ao longo do período pré-eleitoral e eleitoral publicitou tudo o que se passou no Concelho de Odivelas sobre a campanha eleitoral do PS e curiosamente no jornal publicado no passado dia 9 de Junho, nem sequer os resultados eleitorais do Concelho publicou.
É assim a vida!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Desolação

Ainda me lembro do dia em que o então Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Manuel Varges, anunciava com satisfação que a Urbanização da Quinta da Memória para além dos arranjos exteriores de qualidade iria contemplar áreas de lazer e convívio entre as quais uma zona designada por “docas”.
Logo após a conclusão desta zona habitacional se verificou que os arranjos exteriores não estavam nem de perto nem de longe de acordo com os anúncios então proferidos e volvidos pelo menos 5 anos constata-se da degradação de um espaço que nunca funcionou e que apresenta uma imagem deplorável.
Desde as pequenas cavidades no solo que deveriam ser uns pequenos lagos com água às pérgolas sem vegetação e aos passadiços de madeira sem madeira, tudo isto faz parte de algo que a Câmara recebeu e não mantém e também não trata como devia, para além da ausência das “docas”.
Como se isto não chegasse temos um Rio da Costa inundado de lixo e uma zona de protecção transformada num autêntico matagal, mostrando um total desleixo num projecto cujo financiamento onerou o orçamento municipal.
Pergunto, porquê aprovar projectos que no papel são interessantes e que na prática não são funcionais e nem sequer servem os objectivos de utilização dos moradores e da população que ali se desloca?
Pergunto, porquê gastar dinheiro num projecto de requalificação do Rio da Costa e das suas margens, transformando-as sem dúvida numa zona apetecível, para depois a negligência se instalar e deixar que tudo se deteriore e apresente imagens pouco dignas de um espaço que tem todas as condições para ser muito visitado e utilizado?
Tenho a certeza que a Srª Presidente de Câmara concorda comigo, por isso é necessário exigir a quem tem esta responsabilidade que actue urgentemente e minimize os estragos causados ao longo destes anos.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Topo e fundo

A partir desta semana e sempre que se justifique deixarei aqui a minha opinião sobre os destaques positivos e negativos da semana, sendo que nesta primeira semana pronuncio-me sobre:

TOPO: Realização da Taça Mundial de Judo Feminina no Pavilhão Multiusos de Odivelas nos
dias 11 e 12 de Junho - Uma iniciativa de carácter internacional e de grande destaque
para o Concelho de Odivelas

FUNDO: Erros e anomalias da nova Escola do Casal dos Apréstimos - Para além dos prejuízos
funcionais para os utentes há a considerar a imagem negativa que fica da equipa
técnica responsável pela obra

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O País não aguenta!

Depois de algum tempo de ausência e de acordo com o que me comprometi durante o período pré-eleitoral e eleitoral, volto agora a manifestar as minhas análises ao quotidiano da vida do Concelho e do País.
Desde o momento em que grande parte dos portugueses através dos Pec´s e dos Orçamentos de Estado começaram a pagar a factura do desvario da governação de Portugal, estava implícito que esses mesmos portugueses iriam um dia mais tarde pagar ainda mais para ajudar à recuperação das finanças públicas.
Foram sempre os mesmos a pagar, ou seja aqueles que vivem do seu salário e que dependem do seu ordenado para se alimentarem a si e à família e ainda aqueles que não podendo pagar deixaram de poder viver como todos os outros, porque ficaram desempregados resultante da falência das empresas onde trabalhavam.
Dos desvarios governativos, passando pelo sacrifício dos trabalhadores e empresários, ao pedido de ajuda externa foi um passo muito pequeno e por isso hoje vamos ter de cumprir um acordo que ainda vai onerar mais os portugueses e que não pode nem deve contemplar atitudes e reacções extremas dos parceiros sociais, sob pena de todos nós não podermos viver ainda um pouco de uma vida mais tranquila e mais qualitativa.
Atentos aos fenómenos sociais e com os diversos avisos de greves e ameaças de luta num momento caótico em que vivemos, que a concretizarem-se podem conduzir o país a estragos irreparáveis e sem retorno, comprometendo o nosso futuro, entendo que os responsáveis devem ter bom senso e evitar o incendiamento das relações entre os diversos parceiros da nossa vida política e social.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

5 de Junho a quanto obrigas!

Tem sido notada a minha ausência neste blogue sobre a minha visão da actualidade no País e no Concelho, claro que essa ausência tem sido intencional e assim vai continuar até 5 de Junho de 2011 de forma a não permitir que em cima das minhas opiniões se pretenda fazer prevalecer esta ou aquela posição que eventualmente possa favorecer este ou aquele projecto, todos sabem o que penso sobre o que não é bom, mas ninguém sabe o que penso sobre qual será o melhor e esse é um segredo meu!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A violência e o desporto!

Face à contínua e permanente prática de várias claques do futebol e também de muitos adeptos que teimam manifestar-se violentamente e selváticamente, expressando-se indelicadamente com impropérios de baixo nível, interrogo-me se vale a pena assistir a um jogo de futebol. Há alguns anos atrás concluí que não me sentia bem num ambiente onde a prática de algumas pessoas frequentadoras de espectáculos desportivos é desferir ofensas a tudo e a todos, destruindo o nosso gosto por um espectáculo emotivo e de grande beleza, por isso abandonei as minhas idas aos estádios de futebol. Hoje dou por mim a pensar se há algum mal em ser adepto desta ou daquela modalidade, qual o mal em ter preferência clubística ou não ter, qual o mal em festejar uma vitória num jogo ou num campeonato, qual o mal em sermos amigos com afectividades divergentes e sabermos respeitar os nossos adversários sejam quais forem os resultados. Estou certo que todos pensarão não haver qualquer mal se este mundo desportivo pudesse ter comportamentos civilizados e respeitosos, infelizmente isso não acontece e muito por culpa de quem passa a vida a lançar achas para a fogueira ou a desculpar-se com os seus inêxitos, manipulando os adeptos e as claques estimulando-os às más práticas e à violência. Apesar de gostar de ver um bom jogo de futebol, não contem comigo para fazer parte desse mundo violento, vou continuar apenas a assistir pela televisão e vibrar com os resultados do meu clube que é o Benfica e esperar que ele ganhe os jogos das competições onde entra e aplaudir as vitórias dos clubes portugueses em competições internacionais, mas se isso não acontecer também saberei saudar os vitoriosos, sejam eles quais forem. Agora que o campeonato terminou e está decidido o seu vencedor, resta-me dar os parabéns ao grande clube que é o Porto. Viva o Benfica!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Para que serve a APAV?

No passado dia 21 de Março o Movimento Odivelas no Coração organizou um debate sobre a Violência Doméstica, tendo sido convidados os seguintes oradores; Dr. Plácido Monteiro (Magistrado do Ministério Público), Drª. Dália Costa (Socióloga e Docente Universitária), Dr. Barra da Costa (Ex-Inspector da Polícia Judiciária), Comissária Luísa Monteiro (Directora do Contrato Local de Segurança de Loures) e uma representante da APAV, todos aceitaram o convite e participaram no mesmo com excepção da representante da APAV. Neste debate de grande qualidade em que todos os oradores deram a sua opinião acerca da situação real e transmitiram contributos que de acordo com a sua visão poderiam vir a melhorar algumas respostas relativamente aos casos denunciados, houve no entanto a denúncia do Dr. Barra da Costa relativamente à APAV e outras entidades que estão mais preocupadas com o lobbie de poder do que com a resolução dos problemas e manifestou ainda a sua desilusão por a APAV não estar presente para a confrontar com alguns procedimentos. Neste debate denunciou-se um caso que o Movimento Odivelas no Coração está a acompanhar e infelizmente poucos dias depois essa vítima foi de novo agredida e como lhe competia participou à polícia, foi ao hospital e à Segurança Social e teve de ser retirada de casa para dormir com as suas duas filhas de 10 e 2 anos na pensão onde costumam pernoitar as vítimas de violência doméstica. Contactada a APAV sobre o acontecido a esta vítima que já estava referenciada nesta entidade por maus tratos físicos, verbais e psicológicos, respondeu a responsável que ia sair para uma reunião numa escola e que ligasse para o 144. , se dúvidas houvesse sobre a inutilidade da existência de uma associação que não cumpre as obrigações para a qual foi criada, bastaram apenas poucos dias para se demonstrar a justiça do que tinha sido denunciado pelo Dr. Barra da Costa. Porque as verdades devem ser ditas, não posso deixar de manifestar a forma extremamente profissional e humana com que a PSP e a Segurança Social trataram do caso no imediato e acrescentar que também a Câmara Municipal de Odivelas logo que recebeu um email enviado em 22 de Fevereiro por mim próprio em nome do Movimento Odivelas no Coração, antecipou uma visita e reunião que estava agendada para o dia 16 de Março, como também após o conhecimento deste desenvolvimento através de telefonema para o Sr. Chefe de Gabinete da Srª Presidente da Câmara, houve da sua parte compreensão e a palavra de que iria junto dos serviços ver o que seria possível fazer. Sobre o comportamento e funcionamento da APAV cada um tirará as suas conclusões, mas talvez se compreenda porque razão a APAV não se fez representar no debate e da inutilidade da existência de uma associação que não cumpre as obrigações para a qual foi criada, bastaram apenas poucos dias para se demonstrar a justiça do que tinha sido denunciado pelo Dr. Barra da Costa.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Escondam por favor...

Parte do país está com medo de saber qual a sua situação financeira real do Estado, porquê pergunto eu? Será que esse receio terá a ver com o descontrolo das contas públicas? Será que existem por aí compromissos a pagar e que esses fornecedores estejam a aguardar instruções para o melhor momento de envio das facturas, transformando dívida em não dívida e assim adiar os pagamentos? Infelizmente tudo leva a crer que isto é verdade e que vivemos no país do faz de conta e dos ses, seria no entanto bem melhor que fosse do conhecimento público a realidade financeira e o estado das contas, assim para além de contarmos com o que nos espera durante os próximos anos, teríamos a oportunidade de com mais rigor e esclarecimento julgar eleitoralmente os autores desta façanha. Se governar mal por seguir políticas erradas, tem um preço a pagar, a omissão quando premeditada é um acto grave de gestão cuja intenção é enganar a oposição, influenciar os parceiros e a opinião pública e isso não é desculpável, tanto mais que estes actos para além de reiterados, fazem parte duma escola política que tem desbaratado e destruído o país e que está no poder há seis anos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

O País e Odivelas no seu pior!

Começa a ser do conhecimento público as despesas excessivas do estado gastando o que não tem e projectando para o futuro a factura a pagar pelas gerações mais novas e por aquelas que ainda hão-de vir.
Por aquilo que está neste momento apurado a dívida soberana do estado ascende a cerca de 152 mil milhões de euros, sem contar com as dívidas das empresas públicas, do BPN, dos buracos que ainda estão por descobrir e ainda das PPP cujo valor se aproxima dos 50.000 milhões de euros a pagar durante 40 anos no equivalente a um BPN por ano, este é para já o legado de José Sócrates.
Por cá a Câmara Municipal de Odivelas gasta também o que não tem e não paga a quem deve, a sua dívida oficial atinge os cerca de 62 milhões de euros, dos quais cerca de 21 milhões são a fornecedores que não conseguem receber o que forneceram à Câmara, havendo ainda a considerar as verbas correspondentes às PPP a pagar até 2034 que totalizam cerca de mais 60 milhões de euros.
Se isto já é grave, mais grave se torna continuar na senda de novas obras que independentemente das suas prioridades ou não, custam muito dinheiro e que não há possibilidade de pagar, sob pena de muitos outros compromissos ficarem para trás, para além dos que já não se conseguem cumprir, por este caminho o legado de Susana Amador vai ser ainda muito pior quando saír.

terça-feira, 22 de março de 2011

MAUS PAGADORES

Ainda sobre as dívidas da Câmara Municipal de Odivelas aos seus fornecedores, volto a divulgar o post que publiquei em 27 de Novembro de 2010 e que se mantém actualizado, até porque a Presidente da Câmara afirmou que não consegue pagar aos fornecedores, ou seja não paga o que comprou, o que reparou e o que mandou fazer:

MAUS PAGADORES!
É público que as dívidas oficiais desta gestão da Câmara Municipal de Odivelas, estão muito acima da dívida encontrada em 2005.
É público que esta dívida não contempla a construção do Pavilhão Multiusos e da Escola dos Apréstimos, as quais ascendem a um valor aproximado dos 65 milhões de euros.
É público que a soma destas dívidas rondam os cerca de 130 milhões de euros e também é público que a receita da Câmara ronda os cerca de 60 milhões de euros anuais, portanto muito acima das suas possibilidades.
Também é público que a Câmara não está a honrar os seus compromissos e que está a pagar a prazos muito dilatados e que existem empresas em enormes dificuldades financeiras que não conseguem receber antes do prazo de um ano e isto para alguns, porque para outros ultrapassa e bem esse prazo.
É ainda público que esta desgovernação e esta leviandade de gestão põe em causa muitas empresas e a manutenção de centenas de postos de trabalho.
Porque será que a Presidente, os Vereadores e os Srs. Eleitos não suspendem os seus ordenados e os seus abonos, porque razão continuam a receber mensalmente e os outros têm de esperar?
Porque razão existem muitas empresas que não querem trabalhar com a Câmara Municipal de Odivelas?
Meus senhores parem para pensar, reflictam sobre o mal que estão a fazer a este concelho, sejam criteriosos na vossa gestão e paguem a quem devem.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A obra fala por si...

A minha terra natal é Monsanto na Beira Baixa e talvez por essa razão provávelmente sou muito mais sensível aos problemas relacionados com a desertificação do interior do País que muitos daqueles que nasceram nos grandes centros urbanos ou no litoral.
Tenho assistido com muita tristeza às políticas que este governo tem posto em prática e que penalizam sobretudo estas populações que nada têm e que vivem longe de tudo.
Quem não ouviu falar na desactivação da única escola da aldeia levando as crianças dessas zonas a ter que percorrer muitos quilómetros e a levantarem-se muito mais cedo e a chegar muito mais tarde a casa!
Quem não ouviu falar da desactivação do pequeno Centro de Saúde que servia um conjunto de aldeias, obrigando agora os mais idosos a percorrer muitos quilómetros e a gastar o pouco dinheiro que têm e que é oriundo das suas baixas reformas!
Quem não ouviu falar da desactivação das linhas de caminhos de ferro que serviam as populações que vivem nos locais mais afastados!
Quem não ouviu falar na supressão de carreiras rodoviárias que serviam um conjunto de aldeias e que deixaram as populações de mãos vazias!
Quem não ouviu falar na desactivação de estações de CTT que eram um dos únicos elos de ligação com o mundo exterior a essas aldeias!
Pior que nada fazer para melhorar a vida dessas gentes e criar condições para levar ao interior pessoas que queiram começar uma nova vida é destruir tudo o que existe e criar terras fantasmas, porque tudo vai caindo e as pessoas vão desaparecendo.
Esta é a obra de um governo PS que se diz socialista!

domingo, 6 de março de 2011

O protesto já começou...

Muito sinceramente o Festival da Canção de 2011 esteve ao nível de outros realizados em anos anteriores, ou seja desenquadrado daquilo que se pretende para representar um país num certame europeu, falta alguma inspiração aos autores das canções apuradas.
Há no entanto a registar a escolha do público na sua votação que protagonizou a reviravolta nos resultados finais e a surpresa de vitória da canção ganhadora "Os homens da luta".
Tal acontecimento poderia ser considerado normal se a votação do público tivesse determinado uma outra canção a vencer o festival, no entanto e considerando a carga política da canção temos de concluir que houve intenção clara em dar o 1º lugar aos "Homens da luta".
Quem votou quis dizer que afinal não é parvo...e que o seu voto foi mesmo de protesto!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Morte privatizada!

Muito recentemente a Câmara Municipal de Odivelas deliberou aprovar um conjunto de investimentos no Cemitério de Odivelas que muito beneficiará este equipamento e trará certamente outra dignidade ao mesmo.
Não posso no entanto deixar de manifestar a minha total surpresa da entrega do referido Cemitério a privados, concessionando-o.
Só mesmo numa Terra de Oportunidades “para alguns” e para a Câmara Municipal de Odivelas é que se chega ao cúmulo de privatizar a morte.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Xico da Memória e "Os sem voz"

Sou da mesma opinião. Os vereadores também são políticos e devem ter direito a construir a sua carreira política. Para tal, precisam de ser conhecidos eles, as suas ideias, os seus projectos, as suas iniciativas, as suas realizações. Os munícipes devem ser conhecedores do valor de cada um deles. Neste município, realmente os vereadores não têm voz. Só a presidente. Porquê? Não lhes reconhece competência? Não quer repartir com eles os louros do sucesso? Sendo assim, terá que assumir também todos os erros. Ninguém consegue, sozinho, realizar bons projectos. Além disso, um órgão que assim funciona, dá muito má imagem. O respeito pelo valor e trabalho de toda a equipa é uma norma democrática. Isto é um anacronismo, para não dizer que é uma anornal vergonha municipal.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Comentários sobre "Os sem voz"

Maria Máxima Vaz disse...
O Sr. Vítor veio falar de um tema que é muito importante e devia ser objecto de discussão. Para mim é pacífico que um executivo é um órgão colegial e não presidencial. Desde sempre estive ligada ao trabalho autárquico e sempre foram essas as práticas e são hoje respeitadas e seguidas em geral. Os vereadores gerem os pelouros que lhe foram confiados, escolhem os seus colaboradores, organizam com eles o seu trabalho, propõem as iniciativas a levar a cabo e respondem por elas perante os companheiros de equipa e perante o público. E assinam. Eles é que dão conhecimento público e falam das suas áreas. Quem vemos na comunicação social a falar do turismo em Óbidos? O vereador do turismo. Quem vem falar de cultura em Alcobaça? O vereador da cultura.Estes exemplos são extensivos a todas as autarquias, excepto uma no país. Mas no passado recente, era mesmo uma prática sem nenhuma excepção.E assim é que está correcto. Centralizar há muito que deixou de se praticar e não é aceite, mesmo que apenas em teoria.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Os sem voz!

Na minha flutuante leitura diária e no acompanhamento que faço da vida pública local, nacional ou internacional e independentemente do que penso, gosto também de saber o que esses protagonistas políticos pensam e fazem.
Quando estamos de fora e não vivemos as estratégias e combates políticos por dentro as nossas posições são muito mais desapaixonadas e isentas e talvez por isso há da nossa parte um juízo mais justo nas apreciações que fazemos.
Se como alguns dizem os autarcas são eleitos e não podem ser removidos e eu concordo, também existem alguns que são eleitos e não têm o mínimo de vocação para o exercício de funções públicas, mas isso todos sabemos e penso ser pacífico.
Mas o que na minha opinião não é pacífico é os autarcas serem eleitos e em alguns órgãos não terem voz na actividade que desenvolvem e a população não conhecer as suas posições e o trabalho que realizam ou os projectos existentes para execução nas áreas que estão à sua responsabilidade.
Se estiverem atentos, verificam que na Câmara Municipal de Odivelas raramente vêm um eleito a dar conta do seu trabalho e a exprimir as suas posições, alguns deles fazem-no esporadicamente sobre um ou outro assunto e nas reuniões acenando com a cabeça mesmo que não concordem.
Se compararmos esta actuação com outros eleitos de outras câmaras municipais, verificamos que o seu protagonismo está patente nas reais delegações de competências que recebem dos presidentes de câmara, por cá provavelmente nenhum tem a autonomia suficiente para decidir sobre assuntos relacionados com as áreas que lhes estão afectas e sobretudo em investimentos a efectuar e que fazem parte dos seus objectivos subjacentes a planos de trabalho e orçamentos aprovados, as suas decisões acabam por resultar em despesas de rotina ou assuntos do dia a dia.
Talvez por isso ache muito estranho que por cá se utilize muito a esfarrapada argumentação da democracia representativa e da condição dos eleitos enquanto tal, já que no dia a dia não se respeita essa condição e se faça permanentemente a remoção da delegação de competências e da voz.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Madalena Varela, afirma...

Pois é flutuante é um estado que naturalmente essa senhora Eduarda Barros terá grande capacidade para ser em qualquer meio, seja ele aquático ou outro....
Segundo julgo saber, tem-se mantido sempre atrás por manifesta incompetência para seguir à frente...Como professora,posso opinar com conhecimento de causa, uma grande nódoa!
È um facto que os competentes controlam os resultados e os incompetentes as pessoas!
Este ditado:"Vozes de burro(a) não chegam ao céu", além de sábio e verdadeiro vem muito a propósito!

Maria Máxima Vaz, disse...

Sr. Vítor, agradeço as suas palavras em minha defesa. Sabe, até foi bom essa criatura ter deitado fora o seu veneno. Toda a gente conhece a competência de que deu provas e o seu nome está de rastos. Já teve respostas e ficaram a saber o que as pessoas pensam. Eu tive muitas pessoas a declararem-me a sua solidariedade. O meu trabalho de cidadania não tem o objectivo de "tachos", nem de dinheiro; não sigo pessoas. Sigo valores. Quando constato que não vão pelo meu caminho, não vou atrás delas. Continuo pelo meu. Valorizo a seriedade, a honestidade, o conhecimento a dignidade. Claro que nem todos aguentam, mas não queiram que eu abandone o meu projecto de vida. Por que o faria?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Afinal quem é flutuante?

A Drª Máxima Vaz é um expoente máximo na colaboração enquanto historiadora com o Concelho de Loures e o Concelho de Odivelas, foi homenageada muito justamente pela Câmara Municipal de Loures e pela Junta de Freguesia de Odivelas.
Há no entanto quem por motivos meramente partidários e invejosos tende a desvalorizar um percurso com este valor e esta riqueza e essa infeliz intervenção coube à Deputada Municipal do PS Eduarda Barros que apelidou a Drª Máxima Vaz de historiadora flutuante.
Claro que todos sabemos as razões porque Eduarda Barros precisa de fazer estas intervenções, por um lado para agradar ao poder providencial que lhe arranjou um lugarzinho de Comissária da Igualdade e das Minoria Étnicas em substituição da despromoção de Vereadora por não ter qualquer capacidade para o desempenho dessas funções.
Afinal quem é a flutuante? Alguém como a Drª Máxima Vaz que com raro brilhantismo conhece, escreve e intervém sobre a história de um povo e de um território ou uma pessoa como a Drª Eduarda Barros que tratou tão mal as áreas que dirigiu enquanto vereadora e que se refugia em lugares dirigidos especificamente a boys para não ter de desenvolver a sua actividade profissional como professora, claro que não é preciso pensar nada sobre quem é ou não flutuante.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Salvar o naufrágio eis a questão!

Todos sabemos que os vereadores eleitos no actual sistema eleitoral não podem ser demitidos, mas isso não retira a quem tem a responsabilidade de lhes atribuir competências que é a Presidente de Câmara de a cada momento fazer uma análise sobre a vocação para o desempenho desta ou daquela função.
Não querendo ser o juiz da avaliação do trabalho efectuado por cada um dos vereadores com funções atribuídas pela Srª Presidente da Câmara, não posso no entanto deixar de referir e não serei o primeiro a fazê-lo que o Vereador das Actividades Económicas Mário Máximo está completamente deslocado da realidade deste sector de actividade e que por isso mesmo não deveria continuar à frente deste pelouro.
Por outro lado pelas mesmas razões não posso deixar de referir e também não serei o primeiro a fazê-lo que a Vereadora dos Assuntos Sociais Fernanda Franchi para além do erro de escolha para esta área revela uma enorme insensibilidade para o desempenho de tal função a par da sua estrutura de nulidade na competência de tal cargo, isto para não falar das consequentes falhas na área da educação que apenas têm vindo a ser colmatadas pela competência do corpo técnico existente nos quadros da Câmara Municipal.
Claro que nem tudo é mau, existem pessoas dentro do actual executivo camarário com capacidades e cujo desempenho tem demonstrado uma invulgar aptência para as áreas que têm à sua responsabilidade e se esse trabalho fosse visível talvez a nota de satisfação do colectivo fosse positiva, mas sobre esse desempenho debruçar-me-ei no momento oportuno.
Ficará claro que em nenhum caso deixarei de me pronunciar sobre a justiça destas críticas e reparos a todos aqueles que são incompetentes, prepotentes, arrogantes, insensíveis a tudo o que mexe na sociedade civil, mas o momento é de rectificar os erros cometidos e essa competência é da Srª Presidente de Câmara e se não o fizer será igualmente responsável de tudo o que venha a acontecer nestas áreas.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Passear e jantar ou governar?

Enquanto o povo se debate com enormes dificuldades para subsistir a esta avalanche de medidas de austeridade que penalizam sobretudo os mais frágeis e os que estão dependentes da sua força de trabalho, o socialista faz de conta 1º Ministro José Sócrates, anda pelo país a lançar primeiras pedras e a organizar jantares-debate tentando iludir aqueles que o ouvem e desbaratando dinheiro que nos faz falta.
Sob a sigla do Governo Presente há outros ministros socialistas faz de conta que o acompanham e participam nesta fantochada que mais não é do que campanha eleitoral.
Se em vez de passearem e comer jantares à conta, poderiam pelo menos governar!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Os poderosos!

Um socialista faz de conta chamado Armando Vara, foi ao Centro de Saúde, passou à frente de toda a gente, entrou no gabinete da médica sem ser chamado e apesar dos protestos da médica exigiu-lhe um atestado porque estava com pressa e tinha que apanhar o avião.
Isto não é para todos é só para alguns poderosos!

Actividades económicas sem futuro!

O Vereador Independente Paulo Aido afirmou que o Vereador das Actividades Económicas Mário Máximo é um entrave à realização de iniciativas que visem a revitalização das Actividades Económicas e do Comércio Local.
Estas declarações estão baseadas na falta de vontade do referido vereador em realizar em 2011 uma exposição de actividades económicas designadas por “Odimostra”, por ter criado uma Confraria da Marmelada quando já havia outra e gastar desnecessariamente alguns milhares de euros do erário público e por virar as costas a propostas e ideias que vêm de outras áreas políticas. como foi o caso do projecto “Pensar Odivelas”, que tinha como objectivo estimular o Comércio Local.
Acrescento a estas declarações que o M.O.C. em 15 de Junho de 2010 realizou um debate sobre o Comércio Local, tendo o Vereador Mário Máximo optado por não comparecer, mostrando o seu desprezo e desinteresse por uma iniciativa vinda da sociedade civil e cujo objectivo era ouvir e partilhar sobre os problemas com que se debate este sector económico e o seu futuro no Concelho de Odivelas
Apesar de correr o risco de ver aprovado em Reunião de Câmara um voto de indignação, não posso deixar de apoiar as declarações do Vereador Paulo Aido e outras que são públicas, como as do Deputado Municipal Miguel Xara Brasil e manifestar por esta via a minha opinião de que o Vereador Mário Máximo não tem condições nem competência para desempenhar as funções na área das actividades económicas.
Claro que ninguém acredita na possibilidade desta situação se vir a alterar, mas estou certo que a Srª Presidente de Câmara prestaria um bom serviço ao Concelho de Odivelas se fizesse uma redistribuição de pelouros entregando esta área a outro vereador.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Coveiro de Portugal!

Eu sei que vivemos num estado de direito, eu sei que este governo apesar de minoritário tem legitimidade para governar, eu sei que a Assembleia da República exerce as suas competências e têm uma representação plural, mas também sei que o 1º Ministro tem sido o grande responsável pela situação que o país atravessa e que existem ministros irresponsáveis e incompetentes e que o governo governa mal e prejudica os portugueses.
Este sentimento de desconfiança e descrédito que sinto, estende-se à maioria dos portugueses que não se revê nesta gente e que quer urgentemente uma mudança de pessoas e de políticas.
Então e se ninguém muda nada para além do desabafo e do protesto de rotina o que é necessário fazer para alterar este estado de coisas, na minha opinião é preciso ser firme e lutar agindo sempre em função do que deve ser o nosso objectivo de vida na defesa da nossa geração, dos nossos filhos e dos nossos netos.
Por isso e apesar da possibilidade de se poder utilizar os mais diversos instrumentos constitucionais, como por exemplo a moção de censura ou uma moção de confiança ou ainda a bomba atómica da dissolução da Assembleia da República por parte do Presidente da República, julgo que a solução dos problemas que vivemos estará na substituição deste 1º Ministro.
O seu comportamento, as suas decisões e as suas mentiras seriam motivo suficiente para que no interior do PS se fizesse um debate e se procedesse pacificamente à sua exoneração e consequente indigitação de outro 1º Ministro que conduzisse o País a melhores dias.
Claro que para isto acontecer seria necessário vontade política dos órgãos do PS e sobretudo coragem à sua maioria para inverter o comodismo da sua máquina partidária e acabar definitivamente com esta liderança que mais não fez do que ser o coveiro de Portugal.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dois concelhos dentro de um concelho?

Afinal as Colinas do Cruzeiro é mesmo tratado de forma diferente do restante território de Odivelas, se esses sinais já existiam, tivemos agora outra prova dessa realidade.
Como é do conhecimento geral a greve dos SMAS atingiu todo o Concelho de Odivelas e atingiu uma dimensão nunca antes vista, a recolha dos resíduos sólidos deixou de se efectuar e o lixo alastrou pelas ruas tomando proporções indesejáveis.
Perante esta situação exigiam-se medidas firmes para minimizar os efeitos desta greve, no entanto e apesar do território de Odivelas e a sua população dever ser tratada de forma igual, apenas houve uma intervenção específica da remoção do lixo nas Colinas do Cruzeiro.
A Câmara de Odivelas até poderá argumentar que aquela zona está entregue a uma empresa privada e por isso esta diferença de tratamento, mas os odivelenses não têm culpa disso e não podem ser tratados desigualmente.
Este território de 27 quilómetros quadrados á apenas um concelho que se chama Odivelas e não pode haver uma parte desse território que tem tratamento especial, enquanto o restante é desconsiderado.

A propósito da abertura do Mosteiro

Xico da Memória disse...
"A Comissão instaladora, negociou uma forma de visitar o Mosteiro. O executivo actual fechou essa possibilidade e nada fez para desfazer este erro. Quer manter uma paz podre com a direcção do Instituto. É que quer lá ir nos dias de festa, para vir nas fotografias. A direcção não lhe perdoa o atrevimento de na festa do centenário ter cometido a incorrecção de não respeitar o protocolo da instituição, passando à frente da directora e do chefe do Estado Maior, para ficar na fila da frente, entre o chefe de Estado e o ministro da defesa.
A festa era do Instituto. A Câmara estava como convidada.Devia saber ocupar o seu lugar, mas não soube.
Para obter mais umas fotografias por ano, a Câmara instituiu o prémio cidadania a atribuir a uma aluna do Instituto. Como é possível avaliar o mérito de uma aluna que vive num meio desligado da população, sem nenhuma acção no nosso meio? isto, se não fosse lamentável, diria que é cómico e ridículo. Mas oportunísta é! O digno, teria sido saber qual era ali o seu lugar e não distribuir prémios sem critério e desprepositadamente. O nosso dinheiro anda mal gerido."

sábado, 5 de fevereiro de 2011

1607 para quê?

Sentir que existe um Monumento Histórico Nacional em Odivelas e não se poder visitar é assim como estarmos perante um poço de água à frente e estarmos proibidos de aceder a ele para saciar a sede.
Talvez por isso um conjunto de pessoas entendeu em boa hora lançar uma petição que vise a abertura à população do Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo aos fins de semana e feriados.
Ao fim do primeiro dia e segundo informações recolhidas esta iniciativa foi muito bem recebida e teve das pessoas contactadas uma boa adesão, mas para atingir as 4.000assinaturas vai ser necessário envolver muita gente, todos somos poucos para demonstrar aos nossos representantes que se eles não fazem a sociedade civil tem meios para agir e nós não queremos ficar de braços cruzados, colabore divulgando esta petição e assine aqui http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=DomDinis

"...Vamos pensar Portugal. Este que temos, ... apodreceu e parou...

Transcrevo na íntegra este magnífico texto de Pedro Barroso que retrata a verdade do portugal de hoje:
"A sensação de incomodidade, de insatisfação e descontentamento tomou as rédeas do nosso quotidiano. Pelas tertúlias, nos cafés, ao almoço, nos locais de trabalho, nos transportes públicos, nas redes sociais, em família, em todas as ...estradas e tribunas da vida registamos um acabrunhado sentir, uma tristeza e amargura, uma revolta interior, uma sede de mudança.
É um epifenómeno normal, decorrente duma castração progressiva de ideais, de um sentir fugir a felicidade, de um cinzentismo galopante, de uma profunda sensação de vergonha do passado, humilhação e insegurança no presente e de enorme descrença no futuro.
Verifico, com alguma surpresa, que, apesar das mais díspares consciências cívicas e formações pessoais; apesar de todos nós termos necessariamente opiniões politicas diversas, opções de intervenção variadas e argumentos nem sempre convergentes, cresceu e se regista, não obstante, neste momento uma sintonia extraordinária na vontade de quebrar amarras.
E sente-se, afinal, uma abrangência enorme nas pessoas em relação a muitos pressupostos fundamentais - os da iniquidade que repudiam; da humilhação que não aceitam e da mudança que desejam. Todos começamos a sentir e ter consciência de que é urgente uma reflexão e intervenção cívica de grande alcance expressão e dignidade.
Chegamos ao fim da linha da tolerância e da paz social, fundada no eterno discurso do “sacrifício” sempre para os mesmos. Sobretudo por não vermos exemplos que nos cheguem de cima, nem da gestão catastrófica do Estado.
A Europa, não menos tremida nos seus alicerces sócio-económicos, rege os destinos e desígnios do nosso país.
Podíamos estar a discutir hoje com entusiasmo a Educação, o Progresso, a Investigação, a Arte, a Cultura, a Ciência e o avanço tecnológico e social. Em contrapartida, descobrimos temas que, ontem ainda, pouco julgariamos possiveis, como a incerteza da Segurança social, o agravamento das reformas, o descalabro do PIB, o problema do deficit, a dívida pública ou as classificações ditatoriais das agências de rating internacionais.
Todos sentimos no quadro relativo dos valores e pressupostos que nos oferecem no actual menu de oferta pública politica, o cansaço de um bafio ideológico, impregnado de velhos salitres, com protagonistas sempre repetidos, e sem vontade nem energia para mudar, autistas perante o sentir popular, acomodados em lugares bem pagos, circulando em redoma fechada, acumulando assessorias diversas e quantas vezes, com sombras de corrupção e menos clareza no seu enriquecimento.
Raros surgimentos avulsos de algum inegável valor e grande generosidade, por falta de corpo, de organização e de sequencia, logo são ultrapassados pelo regresso à nomenclatura sempre dos mesmos, ou dos alternadamente mesmos.
Apetece-me muitas vezes soprar um novo halo de energia e generosidade. Com causas colectivas muito simples - pelo mérito, pela Ecologia, pela competência, pela requalificação do Ensino, contra os salários faraónicos dos gestores nas empresas do Estado, pela probidade dos homens públicos, pela Cultura em todas as suas vertentes, pelos desafios da modernidade, contra a corrupção.
Por um pais orientado para o conhecimento e o futuro. Numa palavra, por um novo Portugal, independente e orgulhoso de sua História, mais fraterno e solidário, reorganizado na Justiça, vocacionado para a responsabilidade, exigente na Educação, sem abusos bancários, nem injustiça fiscal; um país de paz e com gosto de viver. O que hoje vejo já se assemelha ao que ajudei a destruir há 40 anos.
Sonhei-me num país sem tacanhez politica, com critérios claros e definidos das prioridades, com controlo orçamental das despesas públicas, sem luvas nas compras, sem redecoração sumptuosa de gabinetes e sobretudo com uma mentalidade de serviço nos titulares de cargos públicos. Sem reformas assombrosas, nem salários blindados; sem reconduções duvidosas, nem promoções por convites; sem nepotismos em circuito fechado, nem processos de averiguações sempre eternos e inconclusivos.
Revejo-me num outro orgulho português, que não aceita as receitas europeias de forma acéfala e as filtra pelo gosto e pela sensibilidade de uma lógica de um país com novecentos anos de viagens, valor e sobrevivência.
Revejo-me sem nacionalismos doentios, mas sem medo da palavra Pátria. E sem medo de consubstanciar a revolta surda que todos sentimos em acção cívica real, aceitando discutir caminhos para a clarificação das águas, dentro dos parâmetros da democracia participada, mas com o direito à indignação. Com direito ao sentimento de cansaço e a fazer todas as perguntas que se impõem, perante tão fracos artistas, que nos oferecem diariamente tão triste espectáculo de si mesmos.
Artistas da palavra vã, da promessa eterna, da circulação de cargos e da rotação de privilégios. Gente que, de alternativa em alternativa, nos vai prometendo sempre diferença, mas que nada muda, nada transforma e tudo empobrece.
Convido, pois, todos os homens e mulheres de bem, crentes ou não numa filosofia politica definida, desde que se revejam neste cansaço e nesta fome de outro viver, para que dêem corpo a uma força cívica de grande expressão, independente e generosa, franca e aberta, abrangente mas unida, que nos devolva a dignidade e o gosto de viver em Portugal.
Vamos pensar Portugal. Este que temos,... apodreceu e parou.
Queremos outro. Gritemos.
Viver aqui tem que poder ser MUITO MAIS que isto que nos estão a dar.
É urgente reunir forças e fabricar uma nova esperança.
O GRITO colectivo é preciso.
Colectivo, grande, claro, abrangente, cansado mas lúcido. Urgente." Pedro Barroso

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Foi só fumaça

Afinal e apesar do Ministro dos Assuntos Parlamentares ter defendido a redução dos deputados de 230 para 180, vieram agora o Lider da Bancada dizer que o PS não concorda com essa alteração e que o assunto está encerrado e o Governo dizer que essa iniciativa pertence ao Parlamento.
Curiosamente após a divulgação destas posições o Ministro dos Assuntos Parlamentares diz que está disponível para falar com o PSD sobre esta matéria.
Cada um fará a leitura que entender sobre as razões que levaram a esta movimentação, talvez daqui a algum tempo dê para perceber, no entanto e neste momento já temos a certeza de que esta alteração não tem pés para andar considerando a oposição do PS, CDU e BE, entretanto e enquanto o tempo passa, vamos pagando os ordenados, despesas de representação e ajudas de custo aos 50 deputados que não estão lá a fazer nada, para não falar dos outros custos indirectos a assessores e outros colaboradores dos grupos parlamentares.
Este tipo de comportamentos defensores de garantias de lugares políticos e privilégios terão de ser penalizados, sob pena de se estar a construir uma sociedade viciada e injusta.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Simplex?

Não sei o que passa pela cabeça destes desgovernantes quando decide implementar medidas que visam prejudicar e penalizar os mais frágeis.
Agora o desgoverno de Portugal decidiu impor como condição que os reformados da Caixa Geral de Aposentações têm de entregar a sua declaração de IRS via Internet.
Não sei mesmo se esta exigência vinda destas cabeças pensantes, não pretende que grande parte deste numeroso grupo de idosos não cumpra essa obrigação e assim poder arranjar mais uns milhões de euros resultantes de reembolsos que não irão ser efectuados.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Estão à espera de quê?

Os partidos políticos que até hoje tiveram responsabilidades governamentais têm vindo nos últimos dias a divulgar propostas de redução da despesa do Estado, a saber:
O PSD desafiou e bem o Governo a emagrecer o peso dos Institutos, Fundações, Governos Civis, Empresas Públicas Estatais no Orçamento de Estado;
O CDS propõe e bem que o elenco governamental seja mais reduzido do que actualmente;
O PS vem também sugerir e bem a redução do número de Deputados de 230 para 180, corroborando assim a posição anterior do PSD, mas diz que não é para avançar já;
O PS e o PSD entenderam-se em Lisboa sobre a redução de Freguesias de 53 para 27 e vão avançar com essa iniciativa na Câmara Municipal de Lisboa.
Estas sugestões e propostas apesar de tardias serão bem-vindas caso se concretizem, senão é mais do mesmo daquilo que estes mesmos partidos fizeram ao longo do tempo em que estiveram no Governo e que em vez de emagrecerem o Estado o engordaram.
Portugal é neste momento o 5º País da Europa com mais desempregados, a sua dívida pública atinge neste momento 86% do PIB, sem entrar em linha de conta com as P.P.Privadas e enfrenta uma crise financeira muito grave cujas consequências atinge directamente a esmagadora maioria dos portugueses com medidas de austeridade gravosas.
Saliento apenas que o conjunto das medidas acima referidas representariam muito mais para a poupança do Estado do que todas as medidas de austeridade que actualmente vigoram.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Gente sem memória

A Câmara Municipal de Odivelas licenciou a construção de um prédio de três andares sito na Rua da Fonte a escassos 10 metros do portão de acesso ao Mosteiro de S. Dinis.
Conhecendo o que lá estava e parte da história e ao interpretar a lei que regula as zonas protegidas dos monumentos históricos nacionais, esta construção nunca poderia ter sido aprovada.
Esta decisão infeliz tomada no dia em que o Rei D. Dinis fazia anos, 9 de Outubro de 2010, ofende a memória de um povo e a história de Odivelas.
Nada pode justificar os diversos atentados urbanísticos feitos no território de Odivelas e que marcam negativamente toda a gestão urbanística desde que Odivelas é Concelho.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Obscenidades!

Depois da aprovação da excepção na redução de salários para a Administração Pública dos Açores, a Assembleia Legislativa Regional dos Açores aprovou hoje mais duas excepções para as Autarquias e Empresas Públicas dos Açores.
O Presidente da Região Autónoma dos Açores e os partidos que aprovaram estas medidas entendem que não compete aos açoreanos partilhar os sacrifícios dos restantes cidadãos nacionais, o 1º Ministro de Portugal lamenta, mas respeita a autonomia daquela região, no entanto temos de especular sobre o que ele, o Ministro das Finanças e outros ministros diriam se isto acontecesse na Madeira.
Será que os Açores não beneficiam da arrecadação de receitas de cidadãos de outros pontos do país que pagam os seus impostos e permitem através da Lei das Finanças Regionais a transferência financeira para aquela região?
Mas que moralidade tem este governo para exigir seja o que for a quem quer que seja, se dentro da sua própria casa permite estas obscenidades, haja respeito!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os deseducadores

Seria impensável há uns anos atrás um Governo Socialista tomar posições contra a liberdade de manifestação, protesto, expressão, indignação, etc.
No entanto os tempos de governação Sócrates transmitem outra realidade, tudo o que um socialista defendeu de acordo com a sua matriz ideológica já foi chão que deu uvas.
Hoje quando os protestos se dirigem às acções governativas dos vários ministérios, eis que suas excelências os ministros ficam furiosos e desatam a ameaçar aqueles que ousam protestar.
Agora foi aquela senhora que foi colocada como Ministra da Educação e que parecia uma sonsa, mas quando se viu confrontada a sério com os protestos do ensino particular meteu as unhas de fora e começou a ameaçar todos com a suspensão das transferências financeiras, com a não celebração de protocolos, com processos judiciais, etc.
Já não bastava termos por cá na tal Terra de Oportunidades uma nulidade na educação, temos ainda que levar com este pesadelo a tal que se indigna com a utilização das crianças nos protestos, mas que pertence a um governo liderado por alguém que não teve quaisquer escrúpulos em utilizar as crianças com os Magalhães nas suas campanhas políticas.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mais Educação?

Não sendo uma questão nova, não posso deixar de manifestar o meu desagrado e o de muitos cidadãos que no passado dia 23 de Janeiro tiveram de utilizar os espaços dos equipamentos escolares para cumprir as suas obrigações no acto eleitoral.
As salas velhas com aspecto deplorável disponibilizadas para acolher o acto eleitoral, não reúnem condições para receber todos aqueles que querem exercer o seu direito de votar, assim como são impróprias para qualquer membro de mesa de voto estar durante 13 horas a cumprir o dever cívico de colaborar no acto eleitoral.
Esta chamada de atenção constatada por muitos, tem de servir de reflexão para o futuro e se as pessoas que passam um dia ou alguns minutos nestas salas sofrem, veja-se os professores e alunos que têm de passar um ano lectivo de trabalho nestas miseráveis condições.
O problema deste concelho é que se promete muito, fala muito, propagandeia muito, mas faz-se muito pouco e assim se vai assobiando para o lado, sem se fazer o que deve ser feito.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Matriz socialista?

Por proposta do governo está em discussão com os parceiros sociais a redução de verbas indemnizatórias aos trabalhadores por motivo de despedimento.
Em cima de outras medidas aqui está mais uma a penalizar aqueles que trabalham e que mais têm sofrido os efeitos da acção governativa PS.
Curiosamente quem assim procede é um governo que se diz de matriz socialista e tem como protagonista uma sindicalista que é Ministra do Trabalho.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Gente não confiável!

Depois da reunião da Junta de Freguesia de Odivelas com os membros das Mesas de Voto, mais convencido fiquei da desculpa esfarrapada que a Câmara de Odivelas arranjou para não pagar a todos aqueles que vão cumprir este serviço cívico.
Se no meu caso não me faz diferença, até porque o valor que vou receber irá integralmente para o Movimento Odivelas no Coração, decerto que fará falta a todos aqueles que neste momento vivem situações difíceis com necessidades acrescidas e contavam com esta verba para fazer face às suas despesas mensais.
Por outro lado temos de ter em conta o tempo que cada um irá perder para poder receber este dinheiro, com todos os inconvenientes que daí advêm e que não são poucos, mas para quem vive à custa do orçamento e nada faz, não lhe faz diferença o tipo de decisões que toma e que interferem com a vida dos outros.
A desculpa de que ainda não está definido o valor das senhas de presença para os deputados municipais, a qual serve de referência em termos de equivalência para pagamento da gratificação aos membros das mesas de voto, não pode servir de desculpa, considerando que o valor a ter em conta é o que está em vigor e esse toda a gente sabe é de €76,32.
Mas entrando pelas desculpas dentro e analisando as mesmas, chegamos à conclusão que esta gente ou anda distraída ou não sabe o que anda a fazer e é incompetente, já que o orçamento para 2011 está em vigor e tudo o que tem a ver com a despesa do Estado deve estar prevista nas dotações orçamentais, quer a nível da Administração Central ou Local.
A conclusão que retiro deste tipo de comportamentos e decisões é que este País com esta gente sem sensibilidade e sem vocação para estar ao serviço da causa pública, bateu no fundo e levou-o a um estado que difícilmente se levantará, a não ser que os portugueses incluindo os odivelenses, estejam mais atentos e não confiêm em quem não é confiável.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Câmara sem dinheiro?

Ao longo de todos estes anos e desde que o serviço cívico prestado nas mesas de voto é compensado com uma senha de presença é agora nesta eleição e pela primeira vez que a Câmara de Odivelas não assume esse pagamento.
Diz a Câmara que não sabe o valor da senha, mas se fizer uma retrospectiva vai verificar que as anteriores eleições presidenciais também se realizaram em Janeiro e a Câmara nessa altura pagou o que vem contrariar o argumento agora utilizado.
Seria muito mais correcto dizer que neste momento a Câmara não está em condições financeiras para adiantar o pagamento, ou se quiserem sem dinheiro e isso seria muito mais correcto e compreensível, do que empregar um argumento tão falacioso.

O papelão voou e não voltou!

Quando há algum tempo tentei furar o sistema para resolver o problema do papelão da Av. Amália Rodrigues na Ribeirada, já me tinha saltado a tampa pela demora na reposição do dito cujo.
Fiquei satisfeito quando vi que os meus esforços tinham resultado e assim pude durante uns dias (poucos) ver o ecoponto completo.
Mas foi sol de pouca dura, porque logo de seguida levaram o papelão e não o voltaram a repor até aos dias de hoje.
A anomalia parece consistir num defeito de fabrico da argola do mesmo e das duas uma ou fizeram nova encomenda ou estão a corrigir o defeito da argola.
Não sei mesmo se este caso tão simples não virá a entrar no Guiness.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Crise, qual crise?

Foi notícia na Comunicação Social que a RTP vai lançar uma canal de música dedicado a um determinado escalão etário e o seu custo prevê-se em 1,3 milhões de euros.
Curioso este anúncio num momento em que Portugal atravessa enormes dificuldades e está endividado até à raiz dos cabelos e é precisamente uma empresa financiada a 100% com dinheiros públicos que avança para este projecto.
Bem têm razão alguns quando se recusam a ouvir falar em crise!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Corações Cívicos 2010

O Movimento Odivelas no Coração soprou ontem as velas dos seus 3 anos de existência, tendo aproveitado a oportunidade para fazer um balanço do trabalho já realizado e do que se propõe fazer ainda durante este mandato dos órgãos sociais.
Nesta comemoração foram homenageados com os Corações Cívicos 2010 as seguintes pessoas e entidades:
Dr. Fernando Lopes
Projecto Limpar Portugal – Grupo Odivelas
Conferência da Sagrada Família da Pontinha
A todos eles o meu bem-haja pela sua disponibilidade de entrega ao serviço da comunidade e de quem precisa.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

OS MILHÕES QUE NOS CUSTAM OS PARTIDOS

Esta é uma notícia da Revista Sábado na sua edição desta semana e que por achar interessante transcrevo o que os partidos políticos receberam do Estado em 2010, resultante das três campanhas eleitorais de 2009 – europeias, legislativas e autárquicas -, a que é preciso somar a subvenção anual e o subsídio aos grupos parlamentares.

TOTAIS POR PARTIDO:

PS 30,1 MILHÕES DE EUROS
PSD 18,7 MILHÕES DE EUROS
PCP 7,2 MILHÕES DE EUROS
CDS 4,6 MILHÕES DE EUROS
BE 4,2 MILHÕES DE EUROS
VERDES 187 MIL EUROS
MRPP 166 MIL EUROS

domingo, 9 de janeiro de 2011

A mentira que dá votos!

A Câmara Municipal de Odivelas prometeu que iria apresentar uma candidatura com vista à legalização e requalificação da Vertente Sul.
Claro que uma candidatura com esta envergadura para além do financiamento externo, exige muito dinheiro por parte da entidade que a apresenta, neste caso a Câmara Municipal de Odivelas.
Em tempos ouvi dizer que a responsabilidade pela garantia dos fundos correspondentes à Câmara Municipal nessa candidatura iria ser assumida pelas Administrações das Augi’s por conta das taxas futuras da legalização dos bairros que as mesmas representam, considerando a incapacidade financeira da Câmara para o fazer.
A ser verdade esta situação para além de duvidoso, incompreensível, bizarro e provavelmente ilegal, já que não há qualquer garantia em circunstância nenhuma desses bairros virem a ser legalizados, até porque estamos a falar do futuro e ninguém o pode prever e a ser assim lá se vai o prejuízo dessas administrações e de todos os proprietários dos referidos bairros que embalam nesta cantiga.
Como se isto não chegasse, vem agora a Presidente da Câmara de Odivelas anunciar a ida do Voltas ao Vale do Forno e parece que também à Encosta da Luz, não tendo nada contra o facto destas populações beneficiarem deste transporte, parece-me no entanto haver aqui uma espécie de compensação pelas promessas feitas e que até ao momento não foram cumpridas e que decerto não irão ser cumpridas.
Este tipo de gestão ziguezagueante e mentirosa por parte da Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, pretende iludir as pessoas que através de uma outra medida compensatória tem apenas o objectivo de continuar a captar o voto das pessoas que residem nestes bairros, atirando entretanto para as calendas o que anunciou com pompa e circunstância e que não cumpriu e provavelmente nunca o cumprirá.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A trapalhada das fontes!

As fontes em Odivelas não estão a funcionar, quer a da rotunda da R. Guilherme Gomes Fernandes, quer a da Codivel que está parcialmente destruída, sobre isto já escrevi neste blogue constatando a incapacidade da Câmara Municipal de Odivelas em as conservar e manter em bom estado de funcionamento.
Como disse nesses posts a Câmara retirou no início de 2009 à Junta de Freguesia de Odivelas a delegação desta competência, aprovado em reunião de Câmara pelo PS e pelo PSD.
Saliente-se que antes da Câmara assumir essa responsabilidade, a Junta de Freguesia de Odivelas gastou alguns milhares de euros na reparação das duas fontes, tendo o equipamento passado de mãos em bom estado e a funcionar em pleno.
Decorridos quase dois anos, verifica-se que a Câmara para além de não ter conseguido uma gestão positiva nas fontes, teve ainda o mérito de as deixar chegar ao mau estado em que se encontram.
Curiosamente e segundo se diz a Câmara voltou a entregar esta competência a partir de Janeiro de 2011, o problema é que enquanto a Câmara recebeu o equipamento em boas condições, vai passá-lo agora em estado de avaria, abandono e desleixo.
Costuma-se dizer que a verdade vem sempre ao de cima e um dia ainda se há-de saber o mal que a Srª Presidente da Câmara andou a fazer à Junta de Freguesia de Odivelas e consequentemente à Freguesia de Odivelas.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Diário do Professor Arnaldo - A fome, nas escolas!

Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.
Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10. Como é óbvio, fiquei chocado. Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar.
De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila – oferecem refeições quentes aos mais necessitados. De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha. Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude.
Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche.
O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas…
Sem saber o que dizer, segureia-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta.
Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir».
Aí, já não respondi. Senti-me culpado. Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática. Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado?
É este, o Portugal de sucesso, dos nossos governantes. É este o Portugal dos nossos filhos.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Mais Inclusão Social?

Poderia perguntar se Odivelas é de facto um Concelho com Mais Inclusão Social, em vez disso prefiro acalentar a esperança de ver resolvida durante o ano de 2011 esta situação desumana e visível aos olhos de todos e que dura há cerca de uma dezena de anos.