sábado, 31 de outubro de 2009

MAU NEGÓCIO - Parte I

Tenho ouvido por aí alguns rumores sobre as bases de governação do nosso Concelho que envolvem nove vereadores a tempo inteiro e dois directores municipais, os quais a serem verdade determinarão uma gestão falida e uma hipoteca do nosso futuro.
A ser verdade, o que parece, este modelo de gestão é uma repetição do que aconteceu em 2001 com consequências nefastas para todos nós!
Será que não houve eleições? Será que não houve um projecto vencedor e vários projectos vencidos?
Será que não houve quatro projectos a disputar as eleições e dois a disputar a vitória?
Será que a vitória do PS não foi por uma unha negra? Então porque razão este negócio?
Não seria mais correcto e mais adequado uma base de governação entre a força política vencedora e a força política com menos representantes?
Não será esta uma forma de manter uma paz podre?
Será possível que a Câmara de Odivelas com o nível de receitas existente, aumente desta forma a despesa corrente?
Será possível que apenas importe às forças políticas o número de lugares que arranjam para os aparelhos partidários?
Estas e outras verdades serão decerto uma boa lição para todos aqueles que votaram para haver vencedores e vencidos!
As alternativas têm de ser encontradas noutras formas de organização da sociedade, designadamente na constituição de projectos fora do âmbito dos partidos políticos!

sábado, 24 de outubro de 2009

FIM DE CICLO

Ao longo de 23 anos dediquei a minha vida à intervenção da causa pública e fi-lo com a entrega que deve caracterizar todos aqueles que seguem este caminho, claro que com erros e momentos altos e baixos, mas isso é uma situação perfeitamente natural e normal em tudo o que decidimos fazer na vida.
Não estou arrependido do que fiz, apenas em jeito de desabafo posso dizer que nem tudo correu como gostava, mas também não há ninguém que possa fazer essa afirmação categórica.
A vida é mesmo assim e é a nossa experiência e a experiência dos outros, que poderão servir aos vindouros para tirarem as devidas conclusões da natureza humana e não confiarem e cometerem os erros anteriormente cometidos.
Há pouco tempo alguém afirmou que eu queria à força ser Presidente de Câmara, mas que nunca seria, talvez essa pessoa tenha razão quando afirma que nunca serei, mas se eu quisesse ser, teria sido, por outro lado essa legitimidade não é exclusivo de ninguém, ela pertence a qualquer cidadão com capacidade electiva.
Vou entrar agora num ciclo diferente da minha vida, serei um constante voluntário das causas sociais e públicas da minha freguesia e do meu concelho, porque quero ajudar quem precisa e quero contribuir para uma melhor qualidade de vida neste território.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Apenas um testemunho de alguém que amo!

Desde pequena que me fui habituando à vida da política e da causa pública, nunca gostei muito, confesso, porque me retirava de casa os pais, e mais tarde a minha irmã que também se começou a entusiasmar com a política.
Eu ovelha negra do clã, afastei-me sempre, mas nas alturas chave estive presente, nos bastidores, como sempre gostei de estar em tudo na vida.
Acompanhei o percurso político dos meus pais, e a sua entrega gratuita à causa pública, percebi que na política não há amigos, talvez também não haja inimigos, afinal existe um jogo de interesses que espero no final tenha como objectivo último a causa pública.
Longe vão os tempos em que ser político (leia-se local) era carolice, só os loucos passavam horas longe da família para, a troco de nada trabalharem para o bem comum, assim como longe vão os tempos em que ser membro das mesas de voto era também carolice (a não ser casos concretos em que se trocava a colaboração nas mesas de voto por um emprego!), longe vão os tempos das convicções, dos cartazes colados nas paredes com cola que se fazia de véspera...
Mas tudo evolui e é bom que assim seja, hoje os aparelhos partidários são máquinas poderosas em que as ascensões podem ser meteóricas e as quedas surpreendentes!
Perdoem-me esta breve introdução em jeito de desabafo, um desabafo sincero de quem partilhou e acompanhou esta evolução.
Não é meu objectivo criticar ou desvalorizar políticos, poder político ou os partidos políticos, a democracia é assim, deveremos ser capazes de felicitar os vencedores e honrar os vencidos, sem perder nunca o sentido crítico nem a nossa capacidade de intervenção seja ela de que forma for.
Aproxima-se um novo ciclo na vida nacional e local, pessoalmente fecha-se um ciclo para as pessoas que mais admiro na vida, não apenas pelos pais que são mas por tudo o que representam, pela sua luta constante nas mais diversas áreas da sua vida.
Quer se goste ou não poucos poderão negar os ensinamentos de Vitor Peixoto, é fácil negar mas não será fácil esquecer porque a história é soberana e o amanhã pode ser diferente mas o ontem será sempre igual!
Da Graça Peixoto fica registado para sempre o seu empenho nas suas causas, com garra,e com uma força e capacidade de trabalho impressionantes, por onde passou ao longo da sua vida pessoal e profissional, deixou essa marca e ninguém a poderá apagar, goste-se ou não.
Para os dois deixo o meu contributo a minha mensagem de agradecimento porque me tornaram na mulher que hoje sou e que me orgulho de ser, muito me ensinaram sobre a humildade a capacidade de perdoar, a capacidade de lutar e de me esforçar para ser sempre melhor, a força de amar...Nem sempre estamos de acordo mas também esta é uma forma de democracia, mas o respeito nasce das diferenças quando se abraçam os mesmos valores.
Aos dois peço que não parem, vivam a vida e abracem todas as causas em que acreditam, essa é a vossa natureza, não desacreditem de causas e de pessoas.
No crivo da vida passam os que têm que passar e ficam os que contam.
A vida é como uma viagem de comboio em que ao longo de todo o percurso muitos entram e outros tantos saem, alguns acompanham-nos até ao fim do nosso caminho.
Amo-vos com toda a minha força e admiro-vos de uma forma que nunca serei capaz de exprimir por palavras, mas sei que não preciso de o fazer!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Esperar para ver!

As eleições para a Câmara Municipal e Assembleia Municipal deram a vitória a Susana Amador e ao PS e para a Junta de Freguesia de Odivelas a Vitor Machado e à Coligação Em Odivelas Primeiro as Pessoas, parabéns aos vencedores e honra para os vencidos.
Porque não tenho a memória curta, não foram estes os projectos nem as pessoas em que apostei, tenho a consciência tranquila quanto às minhas opções de voto e por isso durmo descansado.
Na vida nem sempre as coisas correm como pensamos ou como julgamos que seria melhor para todos, mas o povo é soberano e temos de aceitar a sua decisão, mesmo que isso nos custe, como diz uma pessoa que muito estimo “é hora de aceitar e de reflectir”.
Por mim e pelo movimento cívico a que pertenço, vamos estar atentos, a nossa intervenção far-se-á no âmbito da nossa actividade, elogiaremos o que for bom e tomaremos posição sobre o que for mau ou que daí resulte prejuízo para a nossa terra.
Podemos não concordar, como é o meu caso, mas agora vamos ter de dar o benefício da dúvida e aguardar que os autarcas eleitos façam um bom trabalho e prestigiem os órgãos e a terra que os elegeu.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Falta de caracter!

Quando as pessoas estão desesperadas e tentam a todo o custo manter-se nos lugares, são capazes de tudo.

Veja-se o descaramento da Presidente do PS e candidata pelo PS, Susana Amador, que em entrevista ao Meu Jornal de 8/10, declarou que o meu nome estaria em todas as folhas de assinaturas para a propositura da candidatura do MOC à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia, o que é falso.

Cada folha de assinaturas tinha o nome do cabeça de lista ao respectivo órgão, Vitor Peixoto para a Câmara Municipal. Joaquim Lourenço para a Assembleia Municipal, Manuel Cunha para Caneças, Joaquim Lourenço para Famões, António Gonçalves para Odivelas, Luís Filipe Silva para Olival Basto, Albertina Pires para a Pontinha, João Ramos Silva para a Póvoa Sto. Adrião e Bruno Cardoso para a Ramada.

Na impossibilidade de voltar atrás e tentar arranjar uma justificação credível, esta senhora mente descaradamente, a justificação que dá na entrevista retrata bem o seu caracter.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vergonhoso!

O pior que há na vida é existirem pessoas sem escrúpulos que para atingirem os seus objectivos, não se importam de utilizar a memória daqueles que já não estão entre nós.
Refiro-me ao aproveitamento do “Jornal de Odivelas” com a morte de José Manuel Tudela, para uma acção de campanha a favor de Susana Amador e do PS.
A obrigação de todos aqueles que com ele privaram é guardarem-lhe respeito por aquilo que ele foi na sua actividade profissional e na sua entrega à causa pública.
Este comportamento para além de indigno, é repugnante e vergonhoso!

PORQUE VOTO CDU (4)

(Continuação)
As convergências e as divergências são salutares, a vida ensina-nos que é nesta prática natural que se consegue o equilíbrio, infelizmente há quem não pense assim e entenda que os outros têm que pensar como eles.
Hoje quando assisti ao apoio que Carvalho da Silva deu a António Costa, ocorreu-me a possibilidade de alguém vir dizer que a CGTP estava a ser envolvida ou se quiserem que o PCP estava a ser arrastado.
Em democracia temos de saber respeitar a opinião de cada um e a minha liberdade não a dispenso de forma nenhuma e é neste conceito de liberdade que me permite dizer o que penso e fazer o que quero.
Voltando às razões que me levaram a tomar esta decisão:
16) A possibilidade por parte do PS e da Coligação “Em Odivelas Primeiro as Pessoas” poderem alterar a delegação de competências nas Juntas de Freguesia e assim atirarem para o desemprego centenas de trabalhadores das Juntas de Freguesia.
17) A existência de um modelo de gestão adoptado no presente mandato com a constituição de parcerias público-privadas, que prejudica o concelho e todos os munícipes.
18) O despesismo em obras eleitoralistas que não têm qualquer significado e que não são prioritárias.
19) Os anúncios de intenções, que na maioria dos casos não são verdade e que apenas servem para iludir os cidadãos, com o objectivo de lhes captar o voto.
20) O endividamento em excesso desta Câmara que só neste mandato com artifícios de constituição de sociedades, duplicou a dívida (cerca de 70 milhões) que tinha herdado em 2005, com as obras que estão a ser realizadas e que não estão contabilizadas, portanto são devidas, mais o compromisso a pagar até 2034 de cerca de 60 milhões na parceria publico-privada, o que perfaz sensivelmente a interessante quantia de 130 milhões.
Muitas outras razões existem, mas deixo as principais que me levaram a apoiar a CDU e a penalizar o PS e o PSD.


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PORQUE VOTO CDU (3)

Sou um cidadão livre sem qualquer tipo de mordaça e sem complexos e quando decidi tornar público o meu sentido de voto na CDU, fi-lo desinteressadamente sem qualquer promessa da outra parte ou pedido da minha parte.
Tem sido esse o exemplo que tenho dado à minha família e ao longo da minha vida sempre assumi as minhas posições sem quaisquer receios do que vinha a seguir.
Também agora assim procedi e fá-lo-ei sempre que o entender e naquilo que possa interferir com o futuro da Cidade e do Concelho onde vivo.
Voltando às razões que me levaram a tomar esta decisão:
10) A CDU foi a força política que para além de mim esteve contra a redução de verbas do Protocolo de Delegação de Competências.
11) A gestão liderada por Susana Amador e o PS com o apoio do PSD, ignoraram os autarcas das Freguesias e consideraram-nos pessoas sem qualquer legitimidade para interferir nas decisões do Concelho.
12) O voltar de costas do PS e do PSD à Freguesia de Odivelas, não honrando os seus compromissos e o cumprimento das suas obrigações.
13) A gestão desastrosa no ensino e no parque escolar do Concelho.
14) O estilo de gestão de uma pessoa que não tem princípios democráticos e que pauta a sua intervenção através de práticas vingativas.
15) A partidarização da Câmara integrando as máquinas do PS e do PSD, cujo custo é assustador.
(Continua)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

PORQUE VOTO CDU (2)

(Continuação)

Ao admitir votar CDU não quer dizer que me reveja nesta força política ou que concorde integralmente com as suas propostas, somente no momento é o projecto que pode minimizar os estragos já feitos pela desgovernação que tivemos ao longo deste tempo.
Voltando às razões que me levaram a tomar esta decisão:

4) Incapacidade de planear e definir estratégias da actividade municipal

5) Incapacidade na análise e resposta aos processos entrados na Câmara

6) Deficiente gestão urbanística que se reflecte no ordenamento do território e na massificação do betão

7) Aprovação de orçamentos virtuais que não correspondem à realidade

8) Incapacidade de relacionamento e abandono do Movimento Associativo Concelhio

9) Entrega desregrada do património municipal

(Continua)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PORQUE VOTO CDU (1)

Após a impugnação do PS à candidatura do MOC às próximas eleições autárquicas, fiquei impossibilitado de exercer o meu direito de voto no projecto que tinha escolhido como o mais viável e realista de todos aqueles que se apresentavam a sufrágio.
Esta impossibilidade não manietou a minha liberdade de escolha que ao analisar em profundidade os candidatos que se apresentam a votos e os programas eleitorais, não me deixam qualquer dúvida que a candidatura mais sólida e que melhores garantias dá aos odivelenses é sem dúvida a da CDU.
Independentemente destes vectores, existem ainda outras razões que mais alicerçam a minha posição, designadamente:

1) O desinvestimento que a Presidente da Câmara, os Vereadores do PS e do PSD fizeram na qualidade de vida de todos os que cá residem e trabalham, ao retirarem aos orçamentos das freguesias nas áreas da limpeza urbana e espaços verdes cerca de 1 milhão de euros.

2) A incapacidade de resolverem definitivamente o problema dos SMAS, prejudicando gravemente os cidadãos deste concelho, considerando a falta de investimento nas infra-estruturas velhas e degradadas instaladas no nosso sub-solo, a falta de investimento nos equipamentos de recolha de resíduos sólidos e a deficiente prestação de serviços nesta área, bem como o facto de termos de pagar a água a preços exorbitantes sem que Odivelas tenha uma palavra nessas decisões.

3) Os rios de dinheiro gastos directa e indirectamente na Empresa Municipal (Municipália) em programas culturais elitistas e em publicidade desenfreada para preencher o ego e as vaidades de alguns.
(Continua)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

VALE TUDO PARA SUSANA AMADOR!

Após ter conseguido reduzir a cinzas a vontades dos militantes da Secção de Odivelas, que escolheram democraticamente Nuno Gaudêncio para candidato socialista à Junta de Freguesia de Odivelas, a responsável do PS concelhio conseguiu alterar a jurisprudência do Tribunal Constitucional e obter o afastamento do MOC-Movimento Odivelas no Coração das próximas eleições autárquicas.
Foram interesses mesquinhos e intolerantes que levaram Susana a tão reprovável procedimento? Ela está em terceiro lugar nas sondagens conhecidas, atrás de Hernâni de Carvalho e de Ilídio Ferreira.
São legítimos todos os esforços para obter mais votos e tentar, desta forma, recuperar o atraso? É legitimo anunciar Centros de Saúde ciclicamente apresentados em todos os actos eleitorais autárquicos? É legítimo apresentar como obra o Jardim da Música, ainda que se trate de um projecto escandaloso que onera a bolsa dos municípes? É legítimo utilizar os meios municipais para fazer propaganda, como sucede com os vídeos exibidos nos passeios de idosos?
Vale tudo na tentativa de Susana Amador e a sua corte tentarem permanecer no poder a todo o custo, utilizando métodos reprováveis.
Também é legítimo violar a vontade de mais de 5000 cidadãos eleitores que subscreveram as listas do MOC, pois poderia suceder, no pensamento de tão inteligente senhora, que mais alguns votos caíssem no PS.
Também é legítimo imputar a responsabilidade do afastamento à incompetência dos dirigentes do MOC, pois assim se tira a água do capote.
Alguém se lembra hoje que Susana Amador tecia os maiores elogios a Vítor Peixoto, que considerava o seu “Pai Político” ( há registos escritos sobre essa filial reverência)? Alguém se lembra de que ela, quando começava algum discurso, elogiava Vítor Peixoto repetidas vezes?
É legítimo que, agora, Susana Amador considere aquele que venerava, como incompetente, pois já não precisa dele, após este lhe ter oferecido o poder de bandeja.
De facto, desde que Maquiavel escreveu “O Príncipe”, há quem considere legítimos todos os métodos políticos.
Susana Amador, enganou quem acreditou nela, mas engana-se numa coisa: o povo é sábio e no dia 11 saberá dar a resposta…