quinta-feira, 31 de março de 2011

Para que serve a APAV?

No passado dia 21 de Março o Movimento Odivelas no Coração organizou um debate sobre a Violência Doméstica, tendo sido convidados os seguintes oradores; Dr. Plácido Monteiro (Magistrado do Ministério Público), Drª. Dália Costa (Socióloga e Docente Universitária), Dr. Barra da Costa (Ex-Inspector da Polícia Judiciária), Comissária Luísa Monteiro (Directora do Contrato Local de Segurança de Loures) e uma representante da APAV, todos aceitaram o convite e participaram no mesmo com excepção da representante da APAV. Neste debate de grande qualidade em que todos os oradores deram a sua opinião acerca da situação real e transmitiram contributos que de acordo com a sua visão poderiam vir a melhorar algumas respostas relativamente aos casos denunciados, houve no entanto a denúncia do Dr. Barra da Costa relativamente à APAV e outras entidades que estão mais preocupadas com o lobbie de poder do que com a resolução dos problemas e manifestou ainda a sua desilusão por a APAV não estar presente para a confrontar com alguns procedimentos. Neste debate denunciou-se um caso que o Movimento Odivelas no Coração está a acompanhar e infelizmente poucos dias depois essa vítima foi de novo agredida e como lhe competia participou à polícia, foi ao hospital e à Segurança Social e teve de ser retirada de casa para dormir com as suas duas filhas de 10 e 2 anos na pensão onde costumam pernoitar as vítimas de violência doméstica. Contactada a APAV sobre o acontecido a esta vítima que já estava referenciada nesta entidade por maus tratos físicos, verbais e psicológicos, respondeu a responsável que ia sair para uma reunião numa escola e que ligasse para o 144. , se dúvidas houvesse sobre a inutilidade da existência de uma associação que não cumpre as obrigações para a qual foi criada, bastaram apenas poucos dias para se demonstrar a justiça do que tinha sido denunciado pelo Dr. Barra da Costa. Porque as verdades devem ser ditas, não posso deixar de manifestar a forma extremamente profissional e humana com que a PSP e a Segurança Social trataram do caso no imediato e acrescentar que também a Câmara Municipal de Odivelas logo que recebeu um email enviado em 22 de Fevereiro por mim próprio em nome do Movimento Odivelas no Coração, antecipou uma visita e reunião que estava agendada para o dia 16 de Março, como também após o conhecimento deste desenvolvimento através de telefonema para o Sr. Chefe de Gabinete da Srª Presidente da Câmara, houve da sua parte compreensão e a palavra de que iria junto dos serviços ver o que seria possível fazer. Sobre o comportamento e funcionamento da APAV cada um tirará as suas conclusões, mas talvez se compreenda porque razão a APAV não se fez representar no debate e da inutilidade da existência de uma associação que não cumpre as obrigações para a qual foi criada, bastaram apenas poucos dias para se demonstrar a justiça do que tinha sido denunciado pelo Dr. Barra da Costa.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Escondam por favor...

Parte do país está com medo de saber qual a sua situação financeira real do Estado, porquê pergunto eu? Será que esse receio terá a ver com o descontrolo das contas públicas? Será que existem por aí compromissos a pagar e que esses fornecedores estejam a aguardar instruções para o melhor momento de envio das facturas, transformando dívida em não dívida e assim adiar os pagamentos? Infelizmente tudo leva a crer que isto é verdade e que vivemos no país do faz de conta e dos ses, seria no entanto bem melhor que fosse do conhecimento público a realidade financeira e o estado das contas, assim para além de contarmos com o que nos espera durante os próximos anos, teríamos a oportunidade de com mais rigor e esclarecimento julgar eleitoralmente os autores desta façanha. Se governar mal por seguir políticas erradas, tem um preço a pagar, a omissão quando premeditada é um acto grave de gestão cuja intenção é enganar a oposição, influenciar os parceiros e a opinião pública e isso não é desculpável, tanto mais que estes actos para além de reiterados, fazem parte duma escola política que tem desbaratado e destruído o país e que está no poder há seis anos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

O País e Odivelas no seu pior!

Começa a ser do conhecimento público as despesas excessivas do estado gastando o que não tem e projectando para o futuro a factura a pagar pelas gerações mais novas e por aquelas que ainda hão-de vir.
Por aquilo que está neste momento apurado a dívida soberana do estado ascende a cerca de 152 mil milhões de euros, sem contar com as dívidas das empresas públicas, do BPN, dos buracos que ainda estão por descobrir e ainda das PPP cujo valor se aproxima dos 50.000 milhões de euros a pagar durante 40 anos no equivalente a um BPN por ano, este é para já o legado de José Sócrates.
Por cá a Câmara Municipal de Odivelas gasta também o que não tem e não paga a quem deve, a sua dívida oficial atinge os cerca de 62 milhões de euros, dos quais cerca de 21 milhões são a fornecedores que não conseguem receber o que forneceram à Câmara, havendo ainda a considerar as verbas correspondentes às PPP a pagar até 2034 que totalizam cerca de mais 60 milhões de euros.
Se isto já é grave, mais grave se torna continuar na senda de novas obras que independentemente das suas prioridades ou não, custam muito dinheiro e que não há possibilidade de pagar, sob pena de muitos outros compromissos ficarem para trás, para além dos que já não se conseguem cumprir, por este caminho o legado de Susana Amador vai ser ainda muito pior quando saír.

terça-feira, 22 de março de 2011

MAUS PAGADORES

Ainda sobre as dívidas da Câmara Municipal de Odivelas aos seus fornecedores, volto a divulgar o post que publiquei em 27 de Novembro de 2010 e que se mantém actualizado, até porque a Presidente da Câmara afirmou que não consegue pagar aos fornecedores, ou seja não paga o que comprou, o que reparou e o que mandou fazer:

MAUS PAGADORES!
É público que as dívidas oficiais desta gestão da Câmara Municipal de Odivelas, estão muito acima da dívida encontrada em 2005.
É público que esta dívida não contempla a construção do Pavilhão Multiusos e da Escola dos Apréstimos, as quais ascendem a um valor aproximado dos 65 milhões de euros.
É público que a soma destas dívidas rondam os cerca de 130 milhões de euros e também é público que a receita da Câmara ronda os cerca de 60 milhões de euros anuais, portanto muito acima das suas possibilidades.
Também é público que a Câmara não está a honrar os seus compromissos e que está a pagar a prazos muito dilatados e que existem empresas em enormes dificuldades financeiras que não conseguem receber antes do prazo de um ano e isto para alguns, porque para outros ultrapassa e bem esse prazo.
É ainda público que esta desgovernação e esta leviandade de gestão põe em causa muitas empresas e a manutenção de centenas de postos de trabalho.
Porque será que a Presidente, os Vereadores e os Srs. Eleitos não suspendem os seus ordenados e os seus abonos, porque razão continuam a receber mensalmente e os outros têm de esperar?
Porque razão existem muitas empresas que não querem trabalhar com a Câmara Municipal de Odivelas?
Meus senhores parem para pensar, reflictam sobre o mal que estão a fazer a este concelho, sejam criteriosos na vossa gestão e paguem a quem devem.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A obra fala por si...

A minha terra natal é Monsanto na Beira Baixa e talvez por essa razão provávelmente sou muito mais sensível aos problemas relacionados com a desertificação do interior do País que muitos daqueles que nasceram nos grandes centros urbanos ou no litoral.
Tenho assistido com muita tristeza às políticas que este governo tem posto em prática e que penalizam sobretudo estas populações que nada têm e que vivem longe de tudo.
Quem não ouviu falar na desactivação da única escola da aldeia levando as crianças dessas zonas a ter que percorrer muitos quilómetros e a levantarem-se muito mais cedo e a chegar muito mais tarde a casa!
Quem não ouviu falar da desactivação do pequeno Centro de Saúde que servia um conjunto de aldeias, obrigando agora os mais idosos a percorrer muitos quilómetros e a gastar o pouco dinheiro que têm e que é oriundo das suas baixas reformas!
Quem não ouviu falar da desactivação das linhas de caminhos de ferro que serviam as populações que vivem nos locais mais afastados!
Quem não ouviu falar na supressão de carreiras rodoviárias que serviam um conjunto de aldeias e que deixaram as populações de mãos vazias!
Quem não ouviu falar na desactivação de estações de CTT que eram um dos únicos elos de ligação com o mundo exterior a essas aldeias!
Pior que nada fazer para melhorar a vida dessas gentes e criar condições para levar ao interior pessoas que queiram começar uma nova vida é destruir tudo o que existe e criar terras fantasmas, porque tudo vai caindo e as pessoas vão desaparecendo.
Esta é a obra de um governo PS que se diz socialista!

domingo, 6 de março de 2011

O protesto já começou...

Muito sinceramente o Festival da Canção de 2011 esteve ao nível de outros realizados em anos anteriores, ou seja desenquadrado daquilo que se pretende para representar um país num certame europeu, falta alguma inspiração aos autores das canções apuradas.
Há no entanto a registar a escolha do público na sua votação que protagonizou a reviravolta nos resultados finais e a surpresa de vitória da canção ganhadora "Os homens da luta".
Tal acontecimento poderia ser considerado normal se a votação do público tivesse determinado uma outra canção a vencer o festival, no entanto e considerando a carga política da canção temos de concluir que houve intenção clara em dar o 1º lugar aos "Homens da luta".
Quem votou quis dizer que afinal não é parvo...e que o seu voto foi mesmo de protesto!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Morte privatizada!

Muito recentemente a Câmara Municipal de Odivelas deliberou aprovar um conjunto de investimentos no Cemitério de Odivelas que muito beneficiará este equipamento e trará certamente outra dignidade ao mesmo.
Não posso no entanto deixar de manifestar a minha total surpresa da entrega do referido Cemitério a privados, concessionando-o.
Só mesmo numa Terra de Oportunidades “para alguns” e para a Câmara Municipal de Odivelas é que se chega ao cúmulo de privatizar a morte.