Promessas, mentiras e eleições!

Estamos em tempo de eleições, no dia 27 de Setembro são as Legislativas e no dia 11 de Outubro são as Autárquicas.
Os métodos repetem-se, decide-se sem planeamento, desfilam ministros e secretários de estado pelo nosso concelho, apresentam-se idéias que se transformam em pré-projectos sem estudo, assinam-se protocolos e para completar o ramalhete assinam-se contratos programa para português e odivelense verem.
Há poucos dias tivemos uma apresentação com pompa e circunstância, onde estiveram presentes a Secretária de Estado e os Presidentes das Câmaras de Loures e Odivelas, onde foi anunciada a extensão do metropolitano a Loures, via Sto. António dos Cavaleiros.
O candidato do PSD à Câmara e o candidato do PS à Ramada pretendem que o metropolitano vá a esta freguesia, têm todo o direito, decerto que toda a população ramadense gostaria e eu também, mas vejam lá se resolvem isso antes de elaborarem o estudo deste projecto.
Dentro de dias vamos ter a assinatura de contratos programa para a construção de 4 Centros de Saúde, está a ler bem sim senhor, são 4 Centros de Saúde, curiosamente 3 deles já tiveram contratos programa assinados em 2001 e também curiosamente o Ministro que os assinou, voltou a ser o Ministro da tutela neste Governo e não cumpriu o que assinou.
O Governo, a Câmara de Odivelas e o PS, pretendem a todo o custo lançar poeira para os olhos das pessoas, tentando de novo enganá-las e daí poderem tirar dividendos eleitorais.
Estaríamos perdidos se assim fosse, seriam mais 4 anos de ilusão e os resultados voltariam a ser os mesmos, em 2013 estaríamos de novo na presença de vários ministros e secretários de estado a visitar o nosso concelho e a prometer e assinar aquilo que não cumpriram e não têm vontade de cumprir.
Quem assim procede, não é digno de ter a nossa confiança!
Mais promessas e mentiras não!

Vale Grande

Está previsto para Setembro a entrega do alvará ao Bairro do Vale Grande, situado na Pontinha, esta iniciativa marcada para uma data que antecede as eleições autárquicas visa por parte da Presidente da Câmara e do PS a tentativa de obtenção de dividendos eleitorais.
O que não ocorreu à Srª. Presidente da Câmara é que as famílias do Vale Grande confrontadas com a exigência de pagamentos correspondentes à contrapartida das áreas de cedência para equipamentos e à Taxa Municipal de Urbanização num total de cerca de 9 milhões de euros, vieram para a rua e protestaram.
Pode-se perguntar se as pessoas têm razão, na minha opinião têm, o que está a acontecer é uma violência penalizando os mais fracos e favorecendo os mais fortes.
Não se pode comparar nem pôr em pé de igualdade uma família que construiu a sua casa com muito sacrifício, que comparticipou nas despesas de infra-estruturas do seu bairro, que resolveu na época problemas habitacionais, com os grandes urbanizadores cuja actividade é um negócio e visa o lucro.
Mas infelizmente não temos um poder sensível a estes problemas, nem temos um poder com cultura municipal, também aqui resta dizer que o seu desempenho para além de negativo, tem sempre uma componente negocial.
Por isso mesmo não estão disponíveis para aceitar quaisquer terrenos como contrapartida, mas sim poder receber terrenos com viabilidade de construção que lhes permita poder depois negociá-los e fazer a receita equiparada ao que estão a exigir às famílias deste bairro.
A entrada de 9 milhões de euros nesta altura do campeonato seria uma oportunidade de ouro para colmatar os desvarios de uma gestão ruinosa.
Estas pessoas merecem o meu respeito e a Câmara tem de recuar nas suas intenções até onde a lei lhe permite.

Estranho, muito estranho!

Há alguns anos atrás assisti com pompa e circunstância à apresentação do projecto de remodelação e requalificação da Av. Abreu Lopes.
De acordo com o projecto apresentado o troço entre a Rua Aquilino Ribeiro e a Rua Guilherme Gomes Fernandes foi totalmente executado pelo promotor das Colinas do Cruzeiro, no entanto e após alguns anos de espera o troço entre a Rua Aquilino Ribeiro e a Estrada Nacional 250-2 está agora a ser executado.
O que estranho e podem acreditar que conhecia bem o projecto é que as obras em execução no troço entre a Rua Aquilino Ribeiro e a Estrada Nacional 250-2 da responsabilidade do promotor da Ribeirada, não estão a ser executadas de acordo com o projecto apresentado.
É estranha esta demora, é estranho que o projecto tenha sido alterado e é estranho que uma artéria estrutural da Cidade de Odivelas que estava considerada como uma obra do mandato, apenas se restrinja a um pequeno alargamento de uma das vias, ao corte de umas árvores e à execução de uns pequenos estacionamentos junto a prédios que não têm entradas para esta avenida.
Podem-me explicar as razões desta alteração e o que levou os responsáveis camarários a deixar cair esta exigência!
Estou certo que quem perdeu foi a Cidade de Odivelas e os seus cidadãos! Agora quem ganhou não sei!