domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Xico da Memória e "Os sem voz"

Sou da mesma opinião. Os vereadores também são políticos e devem ter direito a construir a sua carreira política. Para tal, precisam de ser conhecidos eles, as suas ideias, os seus projectos, as suas iniciativas, as suas realizações. Os munícipes devem ser conhecedores do valor de cada um deles. Neste município, realmente os vereadores não têm voz. Só a presidente. Porquê? Não lhes reconhece competência? Não quer repartir com eles os louros do sucesso? Sendo assim, terá que assumir também todos os erros. Ninguém consegue, sozinho, realizar bons projectos. Além disso, um órgão que assim funciona, dá muito má imagem. O respeito pelo valor e trabalho de toda a equipa é uma norma democrática. Isto é um anacronismo, para não dizer que é uma anornal vergonha municipal.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Comentários sobre "Os sem voz"

Maria Máxima Vaz disse...
O Sr. Vítor veio falar de um tema que é muito importante e devia ser objecto de discussão. Para mim é pacífico que um executivo é um órgão colegial e não presidencial. Desde sempre estive ligada ao trabalho autárquico e sempre foram essas as práticas e são hoje respeitadas e seguidas em geral. Os vereadores gerem os pelouros que lhe foram confiados, escolhem os seus colaboradores, organizam com eles o seu trabalho, propõem as iniciativas a levar a cabo e respondem por elas perante os companheiros de equipa e perante o público. E assinam. Eles é que dão conhecimento público e falam das suas áreas. Quem vemos na comunicação social a falar do turismo em Óbidos? O vereador do turismo. Quem vem falar de cultura em Alcobaça? O vereador da cultura.Estes exemplos são extensivos a todas as autarquias, excepto uma no país. Mas no passado recente, era mesmo uma prática sem nenhuma excepção.E assim é que está correcto. Centralizar há muito que deixou de se praticar e não é aceite, mesmo que apenas em teoria.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Os sem voz!

Na minha flutuante leitura diária e no acompanhamento que faço da vida pública local, nacional ou internacional e independentemente do que penso, gosto também de saber o que esses protagonistas políticos pensam e fazem.
Quando estamos de fora e não vivemos as estratégias e combates políticos por dentro as nossas posições são muito mais desapaixonadas e isentas e talvez por isso há da nossa parte um juízo mais justo nas apreciações que fazemos.
Se como alguns dizem os autarcas são eleitos e não podem ser removidos e eu concordo, também existem alguns que são eleitos e não têm o mínimo de vocação para o exercício de funções públicas, mas isso todos sabemos e penso ser pacífico.
Mas o que na minha opinião não é pacífico é os autarcas serem eleitos e em alguns órgãos não terem voz na actividade que desenvolvem e a população não conhecer as suas posições e o trabalho que realizam ou os projectos existentes para execução nas áreas que estão à sua responsabilidade.
Se estiverem atentos, verificam que na Câmara Municipal de Odivelas raramente vêm um eleito a dar conta do seu trabalho e a exprimir as suas posições, alguns deles fazem-no esporadicamente sobre um ou outro assunto e nas reuniões acenando com a cabeça mesmo que não concordem.
Se compararmos esta actuação com outros eleitos de outras câmaras municipais, verificamos que o seu protagonismo está patente nas reais delegações de competências que recebem dos presidentes de câmara, por cá provavelmente nenhum tem a autonomia suficiente para decidir sobre assuntos relacionados com as áreas que lhes estão afectas e sobretudo em investimentos a efectuar e que fazem parte dos seus objectivos subjacentes a planos de trabalho e orçamentos aprovados, as suas decisões acabam por resultar em despesas de rotina ou assuntos do dia a dia.
Talvez por isso ache muito estranho que por cá se utilize muito a esfarrapada argumentação da democracia representativa e da condição dos eleitos enquanto tal, já que no dia a dia não se respeita essa condição e se faça permanentemente a remoção da delegação de competências e da voz.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Madalena Varela, afirma...

Pois é flutuante é um estado que naturalmente essa senhora Eduarda Barros terá grande capacidade para ser em qualquer meio, seja ele aquático ou outro....
Segundo julgo saber, tem-se mantido sempre atrás por manifesta incompetência para seguir à frente...Como professora,posso opinar com conhecimento de causa, uma grande nódoa!
È um facto que os competentes controlam os resultados e os incompetentes as pessoas!
Este ditado:"Vozes de burro(a) não chegam ao céu", além de sábio e verdadeiro vem muito a propósito!

Maria Máxima Vaz, disse...

Sr. Vítor, agradeço as suas palavras em minha defesa. Sabe, até foi bom essa criatura ter deitado fora o seu veneno. Toda a gente conhece a competência de que deu provas e o seu nome está de rastos. Já teve respostas e ficaram a saber o que as pessoas pensam. Eu tive muitas pessoas a declararem-me a sua solidariedade. O meu trabalho de cidadania não tem o objectivo de "tachos", nem de dinheiro; não sigo pessoas. Sigo valores. Quando constato que não vão pelo meu caminho, não vou atrás delas. Continuo pelo meu. Valorizo a seriedade, a honestidade, o conhecimento a dignidade. Claro que nem todos aguentam, mas não queiram que eu abandone o meu projecto de vida. Por que o faria?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Afinal quem é flutuante?

A Drª Máxima Vaz é um expoente máximo na colaboração enquanto historiadora com o Concelho de Loures e o Concelho de Odivelas, foi homenageada muito justamente pela Câmara Municipal de Loures e pela Junta de Freguesia de Odivelas.
Há no entanto quem por motivos meramente partidários e invejosos tende a desvalorizar um percurso com este valor e esta riqueza e essa infeliz intervenção coube à Deputada Municipal do PS Eduarda Barros que apelidou a Drª Máxima Vaz de historiadora flutuante.
Claro que todos sabemos as razões porque Eduarda Barros precisa de fazer estas intervenções, por um lado para agradar ao poder providencial que lhe arranjou um lugarzinho de Comissária da Igualdade e das Minoria Étnicas em substituição da despromoção de Vereadora por não ter qualquer capacidade para o desempenho dessas funções.
Afinal quem é a flutuante? Alguém como a Drª Máxima Vaz que com raro brilhantismo conhece, escreve e intervém sobre a história de um povo e de um território ou uma pessoa como a Drª Eduarda Barros que tratou tão mal as áreas que dirigiu enquanto vereadora e que se refugia em lugares dirigidos especificamente a boys para não ter de desenvolver a sua actividade profissional como professora, claro que não é preciso pensar nada sobre quem é ou não flutuante.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Salvar o naufrágio eis a questão!

Todos sabemos que os vereadores eleitos no actual sistema eleitoral não podem ser demitidos, mas isso não retira a quem tem a responsabilidade de lhes atribuir competências que é a Presidente de Câmara de a cada momento fazer uma análise sobre a vocação para o desempenho desta ou daquela função.
Não querendo ser o juiz da avaliação do trabalho efectuado por cada um dos vereadores com funções atribuídas pela Srª Presidente da Câmara, não posso no entanto deixar de referir e não serei o primeiro a fazê-lo que o Vereador das Actividades Económicas Mário Máximo está completamente deslocado da realidade deste sector de actividade e que por isso mesmo não deveria continuar à frente deste pelouro.
Por outro lado pelas mesmas razões não posso deixar de referir e também não serei o primeiro a fazê-lo que a Vereadora dos Assuntos Sociais Fernanda Franchi para além do erro de escolha para esta área revela uma enorme insensibilidade para o desempenho de tal função a par da sua estrutura de nulidade na competência de tal cargo, isto para não falar das consequentes falhas na área da educação que apenas têm vindo a ser colmatadas pela competência do corpo técnico existente nos quadros da Câmara Municipal.
Claro que nem tudo é mau, existem pessoas dentro do actual executivo camarário com capacidades e cujo desempenho tem demonstrado uma invulgar aptência para as áreas que têm à sua responsabilidade e se esse trabalho fosse visível talvez a nota de satisfação do colectivo fosse positiva, mas sobre esse desempenho debruçar-me-ei no momento oportuno.
Ficará claro que em nenhum caso deixarei de me pronunciar sobre a justiça destas críticas e reparos a todos aqueles que são incompetentes, prepotentes, arrogantes, insensíveis a tudo o que mexe na sociedade civil, mas o momento é de rectificar os erros cometidos e essa competência é da Srª Presidente de Câmara e se não o fizer será igualmente responsável de tudo o que venha a acontecer nestas áreas.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Passear e jantar ou governar?

Enquanto o povo se debate com enormes dificuldades para subsistir a esta avalanche de medidas de austeridade que penalizam sobretudo os mais frágeis e os que estão dependentes da sua força de trabalho, o socialista faz de conta 1º Ministro José Sócrates, anda pelo país a lançar primeiras pedras e a organizar jantares-debate tentando iludir aqueles que o ouvem e desbaratando dinheiro que nos faz falta.
Sob a sigla do Governo Presente há outros ministros socialistas faz de conta que o acompanham e participam nesta fantochada que mais não é do que campanha eleitoral.
Se em vez de passearem e comer jantares à conta, poderiam pelo menos governar!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Os poderosos!

Um socialista faz de conta chamado Armando Vara, foi ao Centro de Saúde, passou à frente de toda a gente, entrou no gabinete da médica sem ser chamado e apesar dos protestos da médica exigiu-lhe um atestado porque estava com pressa e tinha que apanhar o avião.
Isto não é para todos é só para alguns poderosos!

Actividades económicas sem futuro!

O Vereador Independente Paulo Aido afirmou que o Vereador das Actividades Económicas Mário Máximo é um entrave à realização de iniciativas que visem a revitalização das Actividades Económicas e do Comércio Local.
Estas declarações estão baseadas na falta de vontade do referido vereador em realizar em 2011 uma exposição de actividades económicas designadas por “Odimostra”, por ter criado uma Confraria da Marmelada quando já havia outra e gastar desnecessariamente alguns milhares de euros do erário público e por virar as costas a propostas e ideias que vêm de outras áreas políticas. como foi o caso do projecto “Pensar Odivelas”, que tinha como objectivo estimular o Comércio Local.
Acrescento a estas declarações que o M.O.C. em 15 de Junho de 2010 realizou um debate sobre o Comércio Local, tendo o Vereador Mário Máximo optado por não comparecer, mostrando o seu desprezo e desinteresse por uma iniciativa vinda da sociedade civil e cujo objectivo era ouvir e partilhar sobre os problemas com que se debate este sector económico e o seu futuro no Concelho de Odivelas
Apesar de correr o risco de ver aprovado em Reunião de Câmara um voto de indignação, não posso deixar de apoiar as declarações do Vereador Paulo Aido e outras que são públicas, como as do Deputado Municipal Miguel Xara Brasil e manifestar por esta via a minha opinião de que o Vereador Mário Máximo não tem condições nem competência para desempenhar as funções na área das actividades económicas.
Claro que ninguém acredita na possibilidade desta situação se vir a alterar, mas estou certo que a Srª Presidente de Câmara prestaria um bom serviço ao Concelho de Odivelas se fizesse uma redistribuição de pelouros entregando esta área a outro vereador.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Coveiro de Portugal!

Eu sei que vivemos num estado de direito, eu sei que este governo apesar de minoritário tem legitimidade para governar, eu sei que a Assembleia da República exerce as suas competências e têm uma representação plural, mas também sei que o 1º Ministro tem sido o grande responsável pela situação que o país atravessa e que existem ministros irresponsáveis e incompetentes e que o governo governa mal e prejudica os portugueses.
Este sentimento de desconfiança e descrédito que sinto, estende-se à maioria dos portugueses que não se revê nesta gente e que quer urgentemente uma mudança de pessoas e de políticas.
Então e se ninguém muda nada para além do desabafo e do protesto de rotina o que é necessário fazer para alterar este estado de coisas, na minha opinião é preciso ser firme e lutar agindo sempre em função do que deve ser o nosso objectivo de vida na defesa da nossa geração, dos nossos filhos e dos nossos netos.
Por isso e apesar da possibilidade de se poder utilizar os mais diversos instrumentos constitucionais, como por exemplo a moção de censura ou uma moção de confiança ou ainda a bomba atómica da dissolução da Assembleia da República por parte do Presidente da República, julgo que a solução dos problemas que vivemos estará na substituição deste 1º Ministro.
O seu comportamento, as suas decisões e as suas mentiras seriam motivo suficiente para que no interior do PS se fizesse um debate e se procedesse pacificamente à sua exoneração e consequente indigitação de outro 1º Ministro que conduzisse o País a melhores dias.
Claro que para isto acontecer seria necessário vontade política dos órgãos do PS e sobretudo coragem à sua maioria para inverter o comodismo da sua máquina partidária e acabar definitivamente com esta liderança que mais não fez do que ser o coveiro de Portugal.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dois concelhos dentro de um concelho?

Afinal as Colinas do Cruzeiro é mesmo tratado de forma diferente do restante território de Odivelas, se esses sinais já existiam, tivemos agora outra prova dessa realidade.
Como é do conhecimento geral a greve dos SMAS atingiu todo o Concelho de Odivelas e atingiu uma dimensão nunca antes vista, a recolha dos resíduos sólidos deixou de se efectuar e o lixo alastrou pelas ruas tomando proporções indesejáveis.
Perante esta situação exigiam-se medidas firmes para minimizar os efeitos desta greve, no entanto e apesar do território de Odivelas e a sua população dever ser tratada de forma igual, apenas houve uma intervenção específica da remoção do lixo nas Colinas do Cruzeiro.
A Câmara de Odivelas até poderá argumentar que aquela zona está entregue a uma empresa privada e por isso esta diferença de tratamento, mas os odivelenses não têm culpa disso e não podem ser tratados desigualmente.
Este território de 27 quilómetros quadrados á apenas um concelho que se chama Odivelas e não pode haver uma parte desse território que tem tratamento especial, enquanto o restante é desconsiderado.

A propósito da abertura do Mosteiro

Xico da Memória disse...
"A Comissão instaladora, negociou uma forma de visitar o Mosteiro. O executivo actual fechou essa possibilidade e nada fez para desfazer este erro. Quer manter uma paz podre com a direcção do Instituto. É que quer lá ir nos dias de festa, para vir nas fotografias. A direcção não lhe perdoa o atrevimento de na festa do centenário ter cometido a incorrecção de não respeitar o protocolo da instituição, passando à frente da directora e do chefe do Estado Maior, para ficar na fila da frente, entre o chefe de Estado e o ministro da defesa.
A festa era do Instituto. A Câmara estava como convidada.Devia saber ocupar o seu lugar, mas não soube.
Para obter mais umas fotografias por ano, a Câmara instituiu o prémio cidadania a atribuir a uma aluna do Instituto. Como é possível avaliar o mérito de uma aluna que vive num meio desligado da população, sem nenhuma acção no nosso meio? isto, se não fosse lamentável, diria que é cómico e ridículo. Mas oportunísta é! O digno, teria sido saber qual era ali o seu lugar e não distribuir prémios sem critério e desprepositadamente. O nosso dinheiro anda mal gerido."

sábado, 5 de fevereiro de 2011

1607 para quê?

Sentir que existe um Monumento Histórico Nacional em Odivelas e não se poder visitar é assim como estarmos perante um poço de água à frente e estarmos proibidos de aceder a ele para saciar a sede.
Talvez por isso um conjunto de pessoas entendeu em boa hora lançar uma petição que vise a abertura à população do Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo aos fins de semana e feriados.
Ao fim do primeiro dia e segundo informações recolhidas esta iniciativa foi muito bem recebida e teve das pessoas contactadas uma boa adesão, mas para atingir as 4.000assinaturas vai ser necessário envolver muita gente, todos somos poucos para demonstrar aos nossos representantes que se eles não fazem a sociedade civil tem meios para agir e nós não queremos ficar de braços cruzados, colabore divulgando esta petição e assine aqui http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=DomDinis

"...Vamos pensar Portugal. Este que temos, ... apodreceu e parou...

Transcrevo na íntegra este magnífico texto de Pedro Barroso que retrata a verdade do portugal de hoje:
"A sensação de incomodidade, de insatisfação e descontentamento tomou as rédeas do nosso quotidiano. Pelas tertúlias, nos cafés, ao almoço, nos locais de trabalho, nos transportes públicos, nas redes sociais, em família, em todas as ...estradas e tribunas da vida registamos um acabrunhado sentir, uma tristeza e amargura, uma revolta interior, uma sede de mudança.
É um epifenómeno normal, decorrente duma castração progressiva de ideais, de um sentir fugir a felicidade, de um cinzentismo galopante, de uma profunda sensação de vergonha do passado, humilhação e insegurança no presente e de enorme descrença no futuro.
Verifico, com alguma surpresa, que, apesar das mais díspares consciências cívicas e formações pessoais; apesar de todos nós termos necessariamente opiniões politicas diversas, opções de intervenção variadas e argumentos nem sempre convergentes, cresceu e se regista, não obstante, neste momento uma sintonia extraordinária na vontade de quebrar amarras.
E sente-se, afinal, uma abrangência enorme nas pessoas em relação a muitos pressupostos fundamentais - os da iniquidade que repudiam; da humilhação que não aceitam e da mudança que desejam. Todos começamos a sentir e ter consciência de que é urgente uma reflexão e intervenção cívica de grande alcance expressão e dignidade.
Chegamos ao fim da linha da tolerância e da paz social, fundada no eterno discurso do “sacrifício” sempre para os mesmos. Sobretudo por não vermos exemplos que nos cheguem de cima, nem da gestão catastrófica do Estado.
A Europa, não menos tremida nos seus alicerces sócio-económicos, rege os destinos e desígnios do nosso país.
Podíamos estar a discutir hoje com entusiasmo a Educação, o Progresso, a Investigação, a Arte, a Cultura, a Ciência e o avanço tecnológico e social. Em contrapartida, descobrimos temas que, ontem ainda, pouco julgariamos possiveis, como a incerteza da Segurança social, o agravamento das reformas, o descalabro do PIB, o problema do deficit, a dívida pública ou as classificações ditatoriais das agências de rating internacionais.
Todos sentimos no quadro relativo dos valores e pressupostos que nos oferecem no actual menu de oferta pública politica, o cansaço de um bafio ideológico, impregnado de velhos salitres, com protagonistas sempre repetidos, e sem vontade nem energia para mudar, autistas perante o sentir popular, acomodados em lugares bem pagos, circulando em redoma fechada, acumulando assessorias diversas e quantas vezes, com sombras de corrupção e menos clareza no seu enriquecimento.
Raros surgimentos avulsos de algum inegável valor e grande generosidade, por falta de corpo, de organização e de sequencia, logo são ultrapassados pelo regresso à nomenclatura sempre dos mesmos, ou dos alternadamente mesmos.
Apetece-me muitas vezes soprar um novo halo de energia e generosidade. Com causas colectivas muito simples - pelo mérito, pela Ecologia, pela competência, pela requalificação do Ensino, contra os salários faraónicos dos gestores nas empresas do Estado, pela probidade dos homens públicos, pela Cultura em todas as suas vertentes, pelos desafios da modernidade, contra a corrupção.
Por um pais orientado para o conhecimento e o futuro. Numa palavra, por um novo Portugal, independente e orgulhoso de sua História, mais fraterno e solidário, reorganizado na Justiça, vocacionado para a responsabilidade, exigente na Educação, sem abusos bancários, nem injustiça fiscal; um país de paz e com gosto de viver. O que hoje vejo já se assemelha ao que ajudei a destruir há 40 anos.
Sonhei-me num país sem tacanhez politica, com critérios claros e definidos das prioridades, com controlo orçamental das despesas públicas, sem luvas nas compras, sem redecoração sumptuosa de gabinetes e sobretudo com uma mentalidade de serviço nos titulares de cargos públicos. Sem reformas assombrosas, nem salários blindados; sem reconduções duvidosas, nem promoções por convites; sem nepotismos em circuito fechado, nem processos de averiguações sempre eternos e inconclusivos.
Revejo-me num outro orgulho português, que não aceita as receitas europeias de forma acéfala e as filtra pelo gosto e pela sensibilidade de uma lógica de um país com novecentos anos de viagens, valor e sobrevivência.
Revejo-me sem nacionalismos doentios, mas sem medo da palavra Pátria. E sem medo de consubstanciar a revolta surda que todos sentimos em acção cívica real, aceitando discutir caminhos para a clarificação das águas, dentro dos parâmetros da democracia participada, mas com o direito à indignação. Com direito ao sentimento de cansaço e a fazer todas as perguntas que se impõem, perante tão fracos artistas, que nos oferecem diariamente tão triste espectáculo de si mesmos.
Artistas da palavra vã, da promessa eterna, da circulação de cargos e da rotação de privilégios. Gente que, de alternativa em alternativa, nos vai prometendo sempre diferença, mas que nada muda, nada transforma e tudo empobrece.
Convido, pois, todos os homens e mulheres de bem, crentes ou não numa filosofia politica definida, desde que se revejam neste cansaço e nesta fome de outro viver, para que dêem corpo a uma força cívica de grande expressão, independente e generosa, franca e aberta, abrangente mas unida, que nos devolva a dignidade e o gosto de viver em Portugal.
Vamos pensar Portugal. Este que temos,... apodreceu e parou.
Queremos outro. Gritemos.
Viver aqui tem que poder ser MUITO MAIS que isto que nos estão a dar.
É urgente reunir forças e fabricar uma nova esperança.
O GRITO colectivo é preciso.
Colectivo, grande, claro, abrangente, cansado mas lúcido. Urgente." Pedro Barroso

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Foi só fumaça

Afinal e apesar do Ministro dos Assuntos Parlamentares ter defendido a redução dos deputados de 230 para 180, vieram agora o Lider da Bancada dizer que o PS não concorda com essa alteração e que o assunto está encerrado e o Governo dizer que essa iniciativa pertence ao Parlamento.
Curiosamente após a divulgação destas posições o Ministro dos Assuntos Parlamentares diz que está disponível para falar com o PSD sobre esta matéria.
Cada um fará a leitura que entender sobre as razões que levaram a esta movimentação, talvez daqui a algum tempo dê para perceber, no entanto e neste momento já temos a certeza de que esta alteração não tem pés para andar considerando a oposição do PS, CDU e BE, entretanto e enquanto o tempo passa, vamos pagando os ordenados, despesas de representação e ajudas de custo aos 50 deputados que não estão lá a fazer nada, para não falar dos outros custos indirectos a assessores e outros colaboradores dos grupos parlamentares.
Este tipo de comportamentos defensores de garantias de lugares políticos e privilégios terão de ser penalizados, sob pena de se estar a construir uma sociedade viciada e injusta.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Simplex?

Não sei o que passa pela cabeça destes desgovernantes quando decide implementar medidas que visam prejudicar e penalizar os mais frágeis.
Agora o desgoverno de Portugal decidiu impor como condição que os reformados da Caixa Geral de Aposentações têm de entregar a sua declaração de IRS via Internet.
Não sei mesmo se esta exigência vinda destas cabeças pensantes, não pretende que grande parte deste numeroso grupo de idosos não cumpra essa obrigação e assim poder arranjar mais uns milhões de euros resultantes de reembolsos que não irão ser efectuados.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Estão à espera de quê?

Os partidos políticos que até hoje tiveram responsabilidades governamentais têm vindo nos últimos dias a divulgar propostas de redução da despesa do Estado, a saber:
O PSD desafiou e bem o Governo a emagrecer o peso dos Institutos, Fundações, Governos Civis, Empresas Públicas Estatais no Orçamento de Estado;
O CDS propõe e bem que o elenco governamental seja mais reduzido do que actualmente;
O PS vem também sugerir e bem a redução do número de Deputados de 230 para 180, corroborando assim a posição anterior do PSD, mas diz que não é para avançar já;
O PS e o PSD entenderam-se em Lisboa sobre a redução de Freguesias de 53 para 27 e vão avançar com essa iniciativa na Câmara Municipal de Lisboa.
Estas sugestões e propostas apesar de tardias serão bem-vindas caso se concretizem, senão é mais do mesmo daquilo que estes mesmos partidos fizeram ao longo do tempo em que estiveram no Governo e que em vez de emagrecerem o Estado o engordaram.
Portugal é neste momento o 5º País da Europa com mais desempregados, a sua dívida pública atinge neste momento 86% do PIB, sem entrar em linha de conta com as P.P.Privadas e enfrenta uma crise financeira muito grave cujas consequências atinge directamente a esmagadora maioria dos portugueses com medidas de austeridade gravosas.
Saliento apenas que o conjunto das medidas acima referidas representariam muito mais para a poupança do Estado do que todas as medidas de austeridade que actualmente vigoram.