sábado, 21 de março de 2009

Discurso de encerramento da II Convenção Concelhia do Movimento Odivelas no Coração

Minhas caras amigas e meus caros amigos
Começo por saudar todos aqueles que aqui estão e decidiram participar no debate e nas decisões tomadas no âmbito dos estatutos da nossa Associação Cívica.
Esta manifestação cívica demonstra desde já a nossa vitalidade, a nossa vontade, a nossa determinação e o nosso entusiasmo em acreditar que é possível termos um futuro melhor para o nosso concelho.
As nossas preocupações levaram-nos a descobrir algo diferente e por isso a constituição e consolidação deste grande projecto está em marcha.
Marcha cuidadosa, segura. Demos todos os passos necessários para estarmos hoje neste fórum a decidir sobre questões importantes para o futuro do nosso Concelho.
Falo por mim, mas seguramente por todos aqueles que aceitaram dar o seu contributo a este projecto e protagonizar com verdade os valores cívicos que transportamos.
Um agradecimento muito profundo por terem confiado no nosso movimento.
A partir de hoje nada vai ser igual, o equinócio marcou ontem às 11h44 o início da Primavera. Com esse simbolismo estamos convictos de que se inicia um novo ciclo na vida deste concelho: o combate por causas e por valores da nossa sociedade e da comunidade local terão da nossa parte um empenhamento total na divulgação do nosso projecto e da nossa mensagem com as propostas que entendemos serem as melhores para a qualidade de vida que tanto desejamos.
Este ciclo vai ser marcado por muitas mudanças mas também pela calúnia dos interesses instalados, por muita maledicência. Temos de ser fortes e ignorar este tipo de comportamento. Temos que assumir uma condição cívica elevada. Temos que marcar as nossas ideias pela positiva, sem contudo perdermos o nosso sentido crítico quando isso se tornar necessário. Temos de ser diferentes e mostrar a todos as virtudes de sermos cidadãos activistas num movimento cívico que intervêm em tudo o que são causas locais.
A equipa que escolhi para me acompanhar e as equipas que estão a ser constituídas em todas as freguesias e também para a Assembleia Municipal, são equipas de cidadãs e cidadãos interessados em fazer o melhor possível pelo território onde vivemos e onde trabalhamos, são pessoas que não têm mais nenhum objectivo a não ser dar algo de si e das suas capacidades realizadoras para construírem um concelho moderno, desenvolvido, atractivo, humanizado e onde todos se sintam bem.
Tudo isto não se faz num dia, numa semana, num mês, num ano, ou num mandato, mas se soubermos ser (e tenho a certeza de que somos capazes de o ser) se soubermos ser exigentes, organizados e ambiciosos, poderemos abrir o caminho harmonizando o território, sem nos preocuparmos em perder tempo com questões ideológicas e com os ciclos eleitorais a que os partidos políticos nos habituaram.
Não somos contra os partidos políticos, sabemos que eles são um dos pilares da nossa democracia, mas também entendemos que eles não têm o monopólio da intervenção na causa pública e é por isso mesmo que aqui estamos a dar a nossa cara e a demonstrar que queremos ter uma palavra no que se vier a decidir sobre o nosso concelho.
Estamos certos de que essa nossa palavra é acertada e vem ao encontro de muitas das expectativas daqueles que, ao longo de muito tempo, nunca participaram na vida cívica e de outros que, entretanto, foram ficando desiludidos com a intervenção dos políticos que temos e que têm marcado a vida pública.
Muitas pessoas pensam não estar habilitadas para o exercício de funções públicas, só porque sentem não ter e não querer ter vocação para divulgar mensagens enganosas, para prometer e não cumprir, para fazer enormes discursos na senda do que a classe política nos habituou.
Mas por experiência própria o que lhes posso dizer é que se pode fazer muito sem falar muito, basta que exista respeito pela população que acredita em nós, dialogando com ela em vez de fugir aos compromissos.
Basta que saibamos dizer o que é preciso dizer sem rodeios e com frontalidade e decidir a cada momento o que é melhor para o nosso concelho.
Vamos todos trabalhar pondo em cima da mesa os nossos conhecimentos e aptidões, sabendo ouvir os anseios daqueles que querem também ver resolvidos os seus problemas e dos seus concidadãos, elaborando um compromisso sério e a valer do que nos propomos fazer ao longo destes anos, prestigiando assim o exercício de funções públicas, as quais devem ser nobres e devem estar ao serviço de todos e não só de alguns.
Sabemos que a implementação destas nossas ideias e destes nossos projectos não vai ser fácil. Os poderes instalados vão resistir a todo o custo, mas nós temos de ter a força necessária para saber alterar este estado de coisas, apesar de não termos nenhuma máquina partidária na nossa retaguarda. Contamos apenas connosco.
Temos pela frente um conjunto de dificuldades, designadamente as opções que têm sido seguidas pelo poder instituído, a saber: o endividamento da Câmara, fruto de uma gestão ao acaso e de prioridades mal estabelecidas, a ausência de apoios ao movimento associativo cultural, desportivo e social, o gradual retrocesso na delegação de competências que, desde há vários anos, vinham sendo cumpridas pelas Juntas de Freguesia, com benefícios para toda a população, a discriminação profissional nos serviços municipais, com a reinstalação do medo de expressão de ideias ou mesmo de pensamentos, que há muito tinham sido arredados com a instauração da democracia, a tendência crescente para projectos megalómanos, invariavelmente com recurso a protocolos de eficácia duvidosa e de esbanjamento do património público, a compra vergonhosa de mentes e de meios de comunicação que deviam ser exemplo de cidadania, o respeito cada vez menor pelos anseios e pelas opiniões de quem cá vive e trabalha.
Não vou alongar-me muito mais neste enunciar dos desvarios, teria que gastar muito mais tempo. Mas talvez seja mesmo estes desvarios o que nos faz erguer e lutar para travar o que podemos travar e corrigir o que podemos corrigir, actuando e decidindo em tudo que faz mais falta ao nosso concelho.
Iremos articular toda a nossa intervenção através das dinâmicas locais criadas pelas equipas das freguesias, as quais merecem todo o nosso respeito, não só pela defesa da causa, mas também por conhecerem muito bem as realidades locais e estarem em muito boas condições para apresentar as suas propostas e as suas sugestões.
Muito brevemente começaremos a reunir com as entidades diversas do concelho e que representam toda a força e dinâmica da sociedade civil. Vamos ouvi-los sobre o que tem sido a sua actividade e sobre o que pensam quanto ao futuro das associações que representam e o que esperam de uma Câmara Municipal que as respeite e as defenda.
Teremos oportunidade de nos apresentarmos à população de todo o concelho de uma forma aberta, sem nos escondermos, mostrando quem somos, auscultando as suas opiniões e divulgando o que nos comprometemos a fazer. Para isso vamos começar a elaborar o nosso “Compromisso a Valer” sob o lema “Pela Nossa Terra” e vamos demonstrar que, para trabalharmos em prol do nosso concelho, dispensamos qualquer ideologia de tendência concentrionária.
A nossa campanha não vai apostar na distribuição de prendas e prendinhas, aventais e saquinhos. Mesmo assim, vamos ter que fazer face a despesas inevitáveis. Esta é outra batalha que temos de travar, para conseguir donativos que, dados pelo nosso povo, preservem a independência das nossas candidaturas.
Vamos precisar de todos. Vamos precisar que cada um junto dos seus contactos familiares, amigos, colegas de trabalho e outro tipo de contactos através da internet e sms, divulgue o nosso projecto e passe a nossa mensagem. Utilizem todos os meios ao vosso alcance e verão que é possível atingir a meta que pretendemos, e essa meta é para ganhar. Estamos neste projecto com convicção e acreditamos que é possível. Acreditamos que é possível ultrapassar todos os obstáculos e vencermos este combate, que será decisivo para o futuro da nossa terra.
Para isso é preciso arregaçar as mangas e começar já hoje a dar o mote, assinando as listas proponentes de candidaturas às várias freguesias do concelho, à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal. Cada um pode e deve levar impressos para a assinatura dos cidadãos eleitores residentes no nosso concelho. Vamos precisar de muitas assinaturas, mas estou convicto de que vamos conseguir este patamar e ultrapassá-lo largamente demonstrando a todos aqueles que nos querem subestimar, que têm de nos ter em devida conta. Vamos a isso e não paremos nem vacilemos perante esta ou aquela escusa, nós sabemos que estamos certos e que este é o caminho para o futuro.
Viva o Movimento Odivelas no Coração!
Vivam os Movimentos Cívicos!
Viva o Concelho de Odivelas!
Vitor Peixoto

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