Aqui lhe deixo o artigo que publiquei no Diário de Odivelas na rubrica "Comboio dos Duros"
A POLÍTICA E A FALTA DE ÉTICA
Nunca é demais falarmos sobre assuntos que retratem a ética ou a falta de ética, quer seja na política ou em outro tipo de actividade.
Nesta terra de oportunidades, os acontecimentos passados sucederam-se e tivemos um mandato autárquico recheado de maus exemplos.
Depois da ruptura entre a Presidente de Câmara e a Presidente de Junta de Odivelas, decidiu a primeira retaliar na freguesia e nos seus cidadãos, reduzindo substancialmente as transferências financeiras para a Junta de Freguesia, retirando uma a uma competências delegadas, tomando posse administrativa do cemitério, prejudicando seriamente a actividade da Junta, desestabilizando os recursos humanos de toda a autarquia e intentando uma queixa-crime por alegado furto de uma santa e de 31 cadeiras.
Na governação municipal, fez o que quis e como quis, qualquer atitude ou opinião diferente de quem quer que fosse, era visto como uma desautorização a medidas e decisões por si tomadas, tendo sempre presente o fantasma da ameaça do poder que ostentava.
A nível partidário, pretendeu fazer cair a Junta de Freguesia de Odivelas, levando metade dos membros da lista do PS a renunciar ao mandato, retirou a confiança política a autarcas que foram eleitos para substituir três vogais no executivo desta Junta e retirou a confiança política a autarcas que aprovaram o orçamento na Assembleia de Freguesia de Odivelas.
Ainda a nível interno do PS, foi impiedosa ao aplicar um castigo àqueles que no âmbito do exercício democrático, decidiram avançar para actos eleitorais contra a sua vontade.
Na disputa das eleições autárquicas, mandou impugnar a candidatura do Movimento Odivelas no Coração a todos os órgãos autárquicos do concelho, subscrita por cerca de 5000 munícipes.
O acto eleitoral autárquico, foi ainda marcado por algumas situações pouco comuns na história do poder local no nosso território concelhio, a nível da candidatura “Em Odivelas Primeiro as Pessoas”, coligação liderada pelo independente Hernâni de Carvalho a convite do PSD e que teve a participação do PSD, CDS/PP, PPM, MPT e independentes.
Foi público e referido por todos os intervenientes, que no convite dirigido a Hernâni de Carvalho, estava subjacente a independência e autonomia do candidato face aos partidos políticos que integravam a coligação, neste convite estava implícito que o candidato tinha toda a liberdade para criticar a gestão municipal, apesar do PSD estar envolvido nessa gestão com a participação de 3 vereadores e ter responsabilidades pelo que de bom e de mau se decidiu e fez em Odivelas.
Esta estratégia bem concebida em termos eleitorais e abertamente comentada pelos protagonistas partidários, até poderia ter tido êxito, mas o facto é que não alcançou a vitória, e, no próprio dia das eleições a liderança da candidatura passou de Hernâni de Carvalho para a máquina partidária do PSD, com o argumento de que as coligações se desfazem após os actos eleitorais.
Não existe nenhum conhecimento público das razões que levaram ao desaparecimento da coligação, sabemos apenas que foi subscrito um acordo entre o PS e o PSD e que Hernâni de Carvalho, candidato independente a Presidente de Câmara convidado pelo PSD e que Paulo Aido também candidato independente, ficaram fora do acordo.
Há consciência generalizada da necessidade de se encontrar uma solução governativa e depois disso tornar-se público o acordo a que se chegou, os partidos políticos são organizações de interesse público e por isso devem no âmbito das suas candidaturas e após o acto eleitoral, informar os cidadãos de qual o modelo de gestão municipal e as condições de governabilidade.
Por outro lado os cidadãos deveriam conhecer as razões porque não fazem parte deste acordo os vereadores independentes; Hernâni de Carvalho e Paulo Aido, sendo evidente que no caso da Coligação “Em Odivelas Primeiro as Pessoas” ter ganho as eleições, naturalmente os vereadores do PSD que hoje apoiam o PS no governo da Câmara, estariam a apoiar no governo da Câmara o independente e então Presidente Hernâni de Carvalho.
É perceptível por todos nós, que as pessoas não entendem este tipo de comportamentos e práticas sigilosas, pode-se concluir que se ignorou tudo ou praticamente tudo e que ficaram para trás, as pessoas, o programa, o trabalho e a liderança de alguém que com todas as virtudes e defeitos obteve um resultado surpreendente.
Infelizmente também a atitude de quem venceu as eleições não pode ser relevada, as declarações da Presidente de Câmara e do PS local ao revelar que negociou com os seus pares presidentes partidários, desvalorizou ou pretendeu desvalorizar quem se apresentou ao acto eleitoral a liderar uma lista que obteve apenas menos 1200 votos que a lista vencedora.
Infelizmente são estas atitudes que dão origem a uma acentuada descrença e descredibilização da política e dos políticos, para além de uma clara demonstração da falta de ética na política.
A POLÍTICA E A FALTA DE ÉTICA
Nunca é demais falarmos sobre assuntos que retratem a ética ou a falta de ética, quer seja na política ou em outro tipo de actividade.
Nesta terra de oportunidades, os acontecimentos passados sucederam-se e tivemos um mandato autárquico recheado de maus exemplos.
Depois da ruptura entre a Presidente de Câmara e a Presidente de Junta de Odivelas, decidiu a primeira retaliar na freguesia e nos seus cidadãos, reduzindo substancialmente as transferências financeiras para a Junta de Freguesia, retirando uma a uma competências delegadas, tomando posse administrativa do cemitério, prejudicando seriamente a actividade da Junta, desestabilizando os recursos humanos de toda a autarquia e intentando uma queixa-crime por alegado furto de uma santa e de 31 cadeiras.
Na governação municipal, fez o que quis e como quis, qualquer atitude ou opinião diferente de quem quer que fosse, era visto como uma desautorização a medidas e decisões por si tomadas, tendo sempre presente o fantasma da ameaça do poder que ostentava.
A nível partidário, pretendeu fazer cair a Junta de Freguesia de Odivelas, levando metade dos membros da lista do PS a renunciar ao mandato, retirou a confiança política a autarcas que foram eleitos para substituir três vogais no executivo desta Junta e retirou a confiança política a autarcas que aprovaram o orçamento na Assembleia de Freguesia de Odivelas.
Ainda a nível interno do PS, foi impiedosa ao aplicar um castigo àqueles que no âmbito do exercício democrático, decidiram avançar para actos eleitorais contra a sua vontade.
Na disputa das eleições autárquicas, mandou impugnar a candidatura do Movimento Odivelas no Coração a todos os órgãos autárquicos do concelho, subscrita por cerca de 5000 munícipes.
O acto eleitoral autárquico, foi ainda marcado por algumas situações pouco comuns na história do poder local no nosso território concelhio, a nível da candidatura “Em Odivelas Primeiro as Pessoas”, coligação liderada pelo independente Hernâni de Carvalho a convite do PSD e que teve a participação do PSD, CDS/PP, PPM, MPT e independentes.
Foi público e referido por todos os intervenientes, que no convite dirigido a Hernâni de Carvalho, estava subjacente a independência e autonomia do candidato face aos partidos políticos que integravam a coligação, neste convite estava implícito que o candidato tinha toda a liberdade para criticar a gestão municipal, apesar do PSD estar envolvido nessa gestão com a participação de 3 vereadores e ter responsabilidades pelo que de bom e de mau se decidiu e fez em Odivelas.
Esta estratégia bem concebida em termos eleitorais e abertamente comentada pelos protagonistas partidários, até poderia ter tido êxito, mas o facto é que não alcançou a vitória, e, no próprio dia das eleições a liderança da candidatura passou de Hernâni de Carvalho para a máquina partidária do PSD, com o argumento de que as coligações se desfazem após os actos eleitorais.
Não existe nenhum conhecimento público das razões que levaram ao desaparecimento da coligação, sabemos apenas que foi subscrito um acordo entre o PS e o PSD e que Hernâni de Carvalho, candidato independente a Presidente de Câmara convidado pelo PSD e que Paulo Aido também candidato independente, ficaram fora do acordo.
Há consciência generalizada da necessidade de se encontrar uma solução governativa e depois disso tornar-se público o acordo a que se chegou, os partidos políticos são organizações de interesse público e por isso devem no âmbito das suas candidaturas e após o acto eleitoral, informar os cidadãos de qual o modelo de gestão municipal e as condições de governabilidade.
Por outro lado os cidadãos deveriam conhecer as razões porque não fazem parte deste acordo os vereadores independentes; Hernâni de Carvalho e Paulo Aido, sendo evidente que no caso da Coligação “Em Odivelas Primeiro as Pessoas” ter ganho as eleições, naturalmente os vereadores do PSD que hoje apoiam o PS no governo da Câmara, estariam a apoiar no governo da Câmara o independente e então Presidente Hernâni de Carvalho.
É perceptível por todos nós, que as pessoas não entendem este tipo de comportamentos e práticas sigilosas, pode-se concluir que se ignorou tudo ou praticamente tudo e que ficaram para trás, as pessoas, o programa, o trabalho e a liderança de alguém que com todas as virtudes e defeitos obteve um resultado surpreendente.
Infelizmente também a atitude de quem venceu as eleições não pode ser relevada, as declarações da Presidente de Câmara e do PS local ao revelar que negociou com os seus pares presidentes partidários, desvalorizou ou pretendeu desvalorizar quem se apresentou ao acto eleitoral a liderar uma lista que obteve apenas menos 1200 votos que a lista vencedora.
Infelizmente são estas atitudes que dão origem a uma acentuada descrença e descredibilização da política e dos políticos, para além de uma clara demonstração da falta de ética na política.
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